Em um dos textos que publiquei anteriormente eu alertava para o consumo de álcool entre os jovens e suas vulnerabilidades, aumentando assim a probabilidade de um crime de abuso ou de estupro acontecer.
Pois bem, na semana passada nos deparamos com uma morte brutal de um homem negro que foi espancado por dois seguranças. No primeiro momento já correram para as mídias sociais colocando a motivação do crime como racismo. Não foi. Podem até discordar da minha opinião, mas a motivação do crime foi outra e poderia ter sido com qualquer um de nós que nos colocássemos em situação de risco.
As imagens que foram divulgadas mostrando que João Alberto desferiu um soco no segurança e a partir daí começa a série de barbárie, fica evidente que qualquer pessoa que começasse a confusão seria morto por seguranças despreparados e incompetentes. O fato dele ser negro foi só um adendo, poderia ter sido um bêbado, um drogado, um colono, um chinês, uma mulher ou qualquer outro que tivesse tomado uma ação impensada. Isso que nem quero discutir aqui sua ficha criminal. Pois por mais que a pessoa possa ser fora do padrão, ainda sim ele não merece ser morta por isso.
A horas venho debatendo que ações impensadas aumentam a probabilidade de um crime acontecer. Seja por perda de consciência por causa do álcool, seja por uma discussão no trânsito, seja por uma discussão política ou seja por uma briga em um supermercado. Tenho certeza que as coisas poderiam tomar outro rumo caso João Alberto saísse do supermercado sem fazer nada. Caso a garota que acusou o Robinho tivesse parado de beber antes de perder a consciência e entre tantas ações errôneas feitas por ai. Do mesmo modo que os seguranças fossem preparados e imobilizassem o João sem matar e os amigos do Robinho fossem pessoas de caráter.
É claro, e como sempre digo, um crime não tem justificativa. Por mais que as pessoas se coloquem em situação de risco, o crime jamais deve ser cometido, mas é aí que vem o imponderável, as probabilidades de acontecer crescem.
Não vou me alongar muito sobre o tema, o caso João Alberto ainda vai ter muita notoriedade, muita mídia e muitas coisas ainda a serem esclarecidas. Contudo lembro de uma frase que sempre escutei nesses cinquenta anos: O fulano procurou a morte. No caso João Alberto ele achou.
Xandi Guilamelon.
Só posso aplaudir. 👏🏻👏🏻👏🏻
ResponderExcluirValeu... agora sim... atualizei... tinha uns erros...kkk. Também fiz o texto agora na correria.... Obrigado.
ExcluirContinuo no aplauso
ExcluirVerdade, Xandi. Não é difícil identificar situações de risco, pra poder evita-las. Creio que o orgulho tenha parte significativa, nas nossas ações impensadas, imprudentes. O difícil é engolir o orgulho, e reconhecer que não se pode vencer todas!
ResponderExcluirObrigado pela reflexão, Xandi. Te aplaudo também! Boa tarde e boa semana aos amigos do Quintessência!
Valeu André. Boa semana.
ExcluirConcordo plenamente, a discussão em torno do racismo faz parte do nosso atual contexto político, não tem nada a ver, mas sem dúvida é preciso pensar o racismo aqui no nosso país, a violência afeta infelizmente e casualmente ( seria ? ) a população negra mais vulnerável
ResponderExcluirUma série de fatores, sendo que se juntarmos pardos e negros a população passa dos 50%. Consequentemente tendem a crescer nas estatísticas. Não que o racismo não exista aqui. Existe. Mas essa divisão como está sendo feita e orquestrada não me agrada.
Excluir“Sabemos como começa, mas não como termina”!
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