Segue a luta


"Se o mundo é mesmo parecido com o que vejo, prefiro acreditar no mundo do meu jeito."

Renato Russo cantou esses versos e eu concordei com ele. E continuo concordando.  Minha mãe costumava dizer que eu acredito num mundo que não existe e coloco defeitos no mundo real.

Acho que ela estava certa. Eu vivo num mundo que existe em mim, dentro da minha cabeça. Num mundo em que as pessoas boas não podem sobreviver ao caos desenfreado desse mundo real. Quase todas as pessoas boas que eu conheci já se foram. Já habitam com o Altíssimo.

Todas as pessoas que levavam sorrisos no rosto e esperança nos bolsos, se foram da minha vida. Todos os dias sou obrigada a acordar com más notícias, maus humanos e más atitudes.

Eu não sei se exijo demais do que sobra neste pequeno mundo em que habito ou se todo mundo deveria exigir, no mínimo, decência.
Eu gostaria que as pessoas trabalhassem o mesmo tanto que cobram para tal. Que elas não exigissem mais do que oferecem. 

Cada um que ajudasse o próximo, no meu mundo ideal, teria uma estrelinha pintada nas palmas para que Deus os enxergasse melhor.
Mas no mundo real, ajudar o próximo é foto para o Instagram, ajudar os animais não dá publicidade e ser bom e gentil não paga as contas.

Por fim, meu mundo ideal deve mesmo ser alguma fantasia da minha cabeça, pois no mundo real, os governos não têm dinheiro para alimentar tantas bocas, as vidas não valem nada e o pão nosso de cada dia nos é roubado junto com a nossa dignidade... 

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