Um amontoado de coisas

Coisas demais. Informações e desinformações. Fotos e vídeos. Coisas que jamais sonhamos ter ou ver, pulam na frente dos nossos olhos, remetendo-nos a pensamentos voltados para algo que nunca pensamos antes.

Meninas pequenas dançam na frente das câmeras, mulheres aparecem com seus tutoriais disso e daquilo, homens apresentam seus corpos sarados, animais engraçados ou acidentes que nos fazem temer ou sorrir arrastam-se nas nossas telas mudando as nossas percepções de mundo.

Agora, troca a ordem ali de cima e coloca homens fazendo dancinha, mulheres exibindo seus corpos sarados e crianças se achando adultas, ensinando como se maquiar...É fim dos tempos?

Não.

São outros tempos.

Momentos em que a maior parte das pessoas quer ganhar um dinheirinho com conteúdos nas redes, mesmo que para isso precisem expor o que há de mais ridículo e tosco.

Vivemos um instante, cujas horas tão preciosas são gastas com futilidades

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Antes, a violência estava restrita a alguns locais. Algumas tribos era mais violentas que outras e as mortes aconteciam, sim. Mas não havia exposição massiva das cenas violentas, cadáveres detonados e nem autópsia de cantores... Sempre houve uns jornais que se aventuravam pelo sensacionalismo e estampavam cadáveres empalados na capa. Mas na banca de jornal ele ficava lá dentro, não exposto do lado de fora como os outros impressos.

As crianças deixam de ser crianças, adolescentes estão estranhos e arredios. E os adultos, cada dia mais cheios de mimimi.

A internet foi uma grande invenção. O telefones inteligentes também. Mas como tudo o que é bom, as pessoas usam sem medidas.

As mentiras compartilhadas no dia-a-dia, os boatos aceitos como verdades, ensinamentos de vários "pensadores" e os tais influencers, estão acabando com o mundo como ele era.

Alguns de vocês devem achar ótimo. Mas eu, particularmente, acho que esse amontado de tudo e de nada estão deixando o mundo muito chato.