Terças-feiras são um desafio para mim. Eu já acordo pensando em algo diferente e interessante para falar para vocês.
Eu já esqueci que era terça e o
texto ficou para a próxima semana. Mas sempre sinto um pesar e uma dor na
consciência quando não escrevo neste espaço.
O público é meio difícil, nem
sempre lê, nem sempre curte e quase nunca comenta. Na época em que fiz
mestrado, escrevi sobre os movimentos sociais que migraram das redes sociais
digitais para as ruas. Foi o primeiro momento em que vivenciamos esta migração.
Na época dos revolucionários protestos no norte da África e no Oriente Médio, conhecidos como Primavera Árabe, saiu das ruas para as redes sociais, burlando o cerceamento da opinião. As pessoas não eram autorizados a postar informar sobre os movimentos, mas mesmo assim, tuitaram, postaram fotos e conseguiram que o mundo voltasse visse a política
autoritária e as más condições de vidas naqueles países.
No Brasil, logo depois disso,
houve protestos que começaram com o aumento das passagens de ônibus. E logo
depois se tornou um movimento enorme contra a corrupção do governo PT. Eu fui.
E foi lindo. Eu estive lá. As pessoas participavam nas ruas e nas redes
sociais. As opiniões, muito importantes, eram debatidas e as ideias entravam no
campo da maturação. Até entrar movimentos políticos e líderes com intenção de
se eleger nas eleições de 2014. Ali, tudo desandou. Protestos viraram brigas e
depredações. Esvaziou o movimento apolítico e que tinha como pauta apenas um
Brasil melhor para todos.
Parece-me que a discórdia foi
plantada naquele momento. Pessoas péssimas foram eleitas para cargos
legislativos, Dilma foi reeleita para cair um ano depois e a população se
tornou intolerante. Tão intolerante que elegeu o último ex-presidente mesmo
sabendo do seu despreparo político e emocional. Então, a intolerância cresceu.
As opiniões ponderadas foram sumindo e as redes foram tomadas de discursos de
ódio.
Eu sempre tento trazer um texto
leve, que tenha uma pitada de amor ou comédia. De perturbação a internet tá
cheia.
Então, fica aqui o meu protesto contra o silêncio do leitor!
Se gostarem, comentem os
textos. Se não gostarem, comentem os textos. Para um autor, essa é a melhor
recompensa!
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