Esta frase maravilhosamente criada por William Shakespare: To be or not be. That’s a question vem da peça da tragédia de Hamlet repetida milhares de vezes até hoje, além de ser profunda e sabia, mostra que uma frase pode ficar eternizada ao longo da estória, contendo uma gama de significados, sem perder a sua essência. Talvez poucas expressões sejam tão emblemáticas com esta e ao mesmo tempo tão sugestivas e criativas. Esta expressão nos remete ao tudo ou nada, não há meio termo. A vida é cheia de tormentos e sofrimentos, e a dúvida de Hamlet é se será melhor aceitar a existência com a sua dor inerente ou acabar com a vida. Hamlet ainda se questiona. Se a vida é um constante sofrimento, a morte parece ser a solução, porém a incerteza da morte supera os sofrimentos da vida.
A
consciência da existência é o que acovarda o pensamento suicida, pois diante
dela se detém o medo do que possa existir após a morte. O dilema de Hamlet é
agravado pela possibilidade de sofrer eternas punições por ser um suicida. "Ser
ou não ser" acabou por extrapolar o seu contexto e se tornou um questionamento
existencial amplo. Para além da vida ou
da morte, a frase se tornou uma pergunta sobre a própria existência.
Desta
forma, "Ser ou não ser" é sobre agir, tomar a ação e se posicionar ou
não diante dos acontecimentos. Não há um meio termo ou é ou não é. Precisamos
se posicionar em relação aos fatos e acontecimentos. Ficar em ima do muro é
quase uma covardia ou desconhecimento, num mundo tão repleto de informações e
ações, ficar sem tomar uma decisão é o pior erro. E como citou Napoleão
Bonaparte “Nada é mais difícil e, tão precioso, do que ser capaz de decidir”.
Num mundo tão rápido no qual vivemos se omitir pode ser fatal, não se pode
ficar alheio ao mundo, tem que participar, tem que fazer algo.
E nós? Qual
as nossas dúvidas? Seremos ou não seremos protagonistas de nossas vidas?
Comentários
Postar um comentário
Deixe aqui a sua essência