Como será o amanhã?

Ontem estava pensando no que iria escrever hoje, pois ainda não tinha achado nada de tema. Fiquei vagando nos pensamentos e pensando em coisas que irão acontecer de alguma forma ou outra e que impacto vai ter na minha vida. Algumas coisas terão impacto devastador...

Então deixei o pensamento de lado e fui me deitar.

Acordei e não sei por que cargas d´agua me veio a música na cabeça: Como será o amanhã?

Fique alguns minutos ali na cama e pegando forças para dar o café pro Felipe, dar banho nele, tomar banho e seguir para o trabalho. E de novo, como será o amanhã?

Como será o amanhã para quem está na Ucrânia?

Como será o amanhã para quem está sob o regime do Talibã?

Como será o amanhã para os europeus perto de uma eminente guerra em seus territórios?

Como será o amanhã para os agricultores do Rio Grande do Sul com essa estiagem?

Pois é, sempre escutei que é bom ter planejamento e acredito que isso seja muito bom, ainda mais se o planejamento venha ocorrer de forma certa. Mas nem tudo sai como planejamos e na maioria das vezes nem passa por perto. Estamos sempre a planejar e mudar os planejamentos.

Uma vez recebi um livro (não li todo) cujo o título era O ANDAR DO BÊBADO. Na parte que eu li, já nos primeiros capítulos, ele já afirmava que vivíamos de forma aleatória, como um andar de um bêbado, sem conseguir afirmar onde será colocado o pé para o próximo passo. Em uma série de combinações matemáticas e aleatórias que por fim dizia que estamos vivos por um milagre.

Contudo, não paramos nossas rotinas. A pressa das grandes cidades e as obrigações para si e outras pessoas nos impendem de ver mais adiante ou por vezes nem queremos ver ou saber do mais adiante. Não nos planejamos para morte, não nos planejamos para a perda de alguém querido. Vamos vivendo e sem saber como será o amanhã.

Ontem me preocupei pensando nisso. Pensei no futuro dos meus filhos sem a minha presença, no meu futuro sem a presença da minha mãe. Sem a presença de amigos, sendo que uns já partiram muito cedo.