Ninguém me ajuda...



Algumas das frases mais recorrentes nas bocas das mulheres são: - Ele não me ajuda; meus filhos não ajudam; ninguém ajuda....

Confesso que sou mestre em falar isso. Mas, na verdade, acredito que dentro de uma residência, as tarefas precisam ser divididas por igual. Não importa se os filhos são crianças, se marido ou esposa trabalham muito ou se a casa é grande ou pequena.

Cada ser que divide o teto com outra pessoa, inclusive com amigos ou apenas companheiros de aluguel, precisam auxiliar um ao outro. O banheiro é partilhado? Então, deve ser lavado com que frequência? Então, cada vez um lava.

Tem louça suja? Todos podem limpar o que sujou. Não vai cair o braço de ninguém.

As crianças precisam aprender, desde cedo, a resolver suas bagunças. Necessitam ter responsabilidades. Pequenas tarefas não matam ninguém e ensinam que o mundo não é fácil e que cada um tem que fazer sua parte.

O que mais vejo hoje em dia são mulheres e homens cujas mães (ou empregadas) fizeram tudo em casa e não ensinaram os filhos a cozinhar, limpar, cuidar ou arrumar a própria cama.

O problema é que a mão fria da vida, quando encosta na nossa pele, congela para valer. 
Precisamos aprender que, quando vivemos em comunidade, a cooperação, os ensinamentos dois mais velhos e a boa vontade são os pilares para um bom relacionamento. Ninguém fica sobrecarregado e os aprendizados são muitos - para todos.

Não tenhamos "pena" das crianças. Elas são o futuro do mundo. É necessário que aprendam a dividir, a ser generosas, humildes e prestativas. Quando deixamos o individualismo tomar conta delas, quando permitimos as pequenas maldades e a preguiça, estamos formando gente egoísta e maldosa. É preciso ensinar respeito às diferenças e aos animais, cidadania, alegria e cooperação. 
Acima de tudo, é preciso plantar amor, sinceridade e boa vontade no coração dos pequenos. 

Só assim fugiremos dessa receita de ódio, mentira, orgulho e maldade que temos visto ao longo dos tempos.
 

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