Quem sou eu?


Esta é talvez uma das perguntas mais difíceis de responde, depois da clássica: Pra onde vamos? Pois é ... para a igreja somos filhos de Deus (que baita privilégio!), para Darwin somos descendentes dos australopitecos e estamos em evolução (vendo o mundo atual, ainda não evoluímos nem 1%...), para Freud somos movidos pelo inconsciente, onde ele acreditava que as pessoas poderiam ser curadas tornando conscientes seus pensamentos e motivações inconscientes, obtendo assim ‘insight’.

Para o filosofo francês René Descartes, autor da celebre frase: ‘Penso, logo existo’, e que marcou a visão do movimento iluminista, colocou a existência humana como ideia central de toda uma época. Já o teatrólogo Bertolt Brecht avançou no pensamento e com sarcasmo e sabedoria citou: “Penso, logo faço a diferença”. Gosto demais desta frase e o quanto nos releva de responsabilidade e nos embute de utilizar o conhecimento ao nosso favor.

Já se auto definir é um problema, se falar demais é ‘uma pessoa exibida e convencida’, se falar de menos é ‘uma pessoa tímida e frágil’, então temos que ter o equilíbrio, pois o bom senso não vale, pois cada um tem o seu, sendo extremamente difícil definir um padrão de consenso. Eu vou começar a me apresentar como o Pai do Lucas e da Bruna (meus filhos), afinal se é para me exaltar....ali já está inserido muito do que sou. Se apresentar de uma maneira formal ou informal requer sempre uma serie de quesitos ou do ambiente em que se está e para quem está se apresentando (uma plateia, uma sala de aula, uma nova namorada, um novo amigo) pois de acordo com o momento seremos mais ou menos.

Filosoficamente, quem sou eu? Einstein citou que ‘as vezes eu não sei se o louco sou eu ou se são os outros’, enquanto que Bob Dylan replicou afirmando que Não sou eu; São as músicas. Eu sou só o carteiro. Eu entrego as músicas” nessa frase existe muita profundidade, onde se pode fazer uma ampla análise do que podemos entender de nosso significado.

Mas a nossa definição deve ser feita por cada um de nós, nunca devemos terceirizar, pois ninguém conhece tanto a nós, como a gente próprio e deixar outro responder por nós é correr risco, ou como dizia Raul Seixas ‘Ninguém tem o direito de me julgar e não ser eu mesmo. Eu me pertenço e de mim faço o que bem entender’. Enfim, que dificuldade temos de fazermos uma afirmação própria.

Como podemos ser nós mesmos? Autênticos e verdadeiros, sem fugir da essência?




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