Resiliência?



Com certeza você já ouviu essa palavra. Aliás, ultimamente, ela tem sido usada em demasia. 
No sentindo original,  a resiliência define o nível de resistência de um material que passa oir uma deformação elástica e que tem a capacidade de retornar ao estado original sem danos ou ruptura.

No ser humano, essa capacidade está na adaptação a situações difíceis ou de estresse. E ainda, diante das adversidades, ter forças para dar a volta por cima. Lidando com as situações de forma mais leve.

Eu costumo combater a fala sobre a resiliência. Acredito que quanto mais a gente se adapta a situações ruins, mais a gente tende a suportar. Só que não é preciso suportar nada além do extremamente necessário.

Não precisamos ter paciência com o chefe ruim, nem com pessoas abusivas. Não precisamos aturar aquele móvel velho nem a tampa quebrada. Que resiliência que nada!
Temos boca para falar e pernas para caminhar. Tá ruim? Fala. Continua ruim? Se mexe. Não somos feitos de raízes para ficar pregados no mesmo lugar.

Não é obrigatório, como dizem nas religiões, perdoar ninguém a não ser que a gente queira.
Não somos obrigados a aturar um país de loucos. Nem esperar pelo próximo. 

A gente, em geral, quer mudança. Mas espera que a mudança se promova sozinha.


A pessoa que se diz resiliente, mas é acomodada, não vai ter uma vida melhor mesmo que ela queira. Porque está sentada no banco que ela chama de resiliência. 

Não somos objetos elásticos. Temos o direito de não querer passar por situações de estresse nem humilhantes.

Hoje, no Brasil, escutamos que precisamos ser resilientes com os gestores. Não. Não devemos fazer isso. Precisamos e devemos nos mexer. 

Parar de aceitar que um Brasil rico como é, seja comandado por pequenos grupos que não querem nada mais do que se perpetuar no poder para ter todos os benefícios pagos pelo povo.

Dê um basta na sua, na nossa pasmaceira. 
Aceite o mínimo de coisas ruins.
Busque o máximo de coisas boas.

Não nascemos para sofrer em nome dessa tal resiliência. 
Deixemos de ser apenas espectadores da nossa própria vida!

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