Vamos falar de assédio e abuso?
Hoje, logo pela manhã saiu a notícia de mais um caso de um "famoso" que abusa de crianças. José Drummond foi preso. Eu sorri por dentro.
Pessoas como ele, tem que pagar sim! E não digo só por ele ser homem e eu mulher, digo que, se fosse uma mulher abusando ou assediando uma criança, deveria pagar o preço também!
Abusos, existem muitos tipos: sexual, mental, físico, moral e a lista é grande.
Isso não é novidade, sempre teve, sempre existiu. A única diferença é que hoje, isso pode ser exposto, podemos gritar e ser ouvidas, antigamente era bem diferente. Muitas famílias fechavam os olhos para isso, achavam que poderia ser "coisa da sua cabeça" ou também, "você que tem a mente suja". Mas não vou me deter nisso, porque cada pessoa é única, cada um trata de forma diferente suas dores.
Vou me ater aqui com: o que você tem feito daquilo que fizeram com você?
Passamos por muitas dores na vida, tantas que perdemos a conta, mas eu acredito que transpôr dores, é um presente, ser forte é deixar a dor onde ela deve ficar.
Por ser mulher, falo como tal.
Mulheres que sofreram assédio, abuso ou seja lá o que fõr e gritam aos quatro ventos que são livres, seus corpos - suas regras, que são fortes e empoderadas ou então, que são "fodas" e "gostosas" e não precisam de homem para nada - o tal do feminismo virado, estão, na minha opinião, trazendo a dor até hoje.
Não dá para generalizar, cafajestes existem, mas nem todos o são.
Cafajestes, têm muitos, cada qual à sua maneira: existem os abusadores, os assediadores, aqueles que falam que te ama e não agem como tal, o que te ilude, o que te ignora, aquele que pisa na bola.
Mas não são também assim as mulheres? Sim. porque existe mulher cafajeste, ou você acha que não?
Existem mulheres que não valem o seu esforço, assim como existem homens que querem serem felizes e são tudo aquilo que sempre sonhamos. Não dá para generalizar, repito.
O abuso pode vir de várias maneiras, de um tio, de um vizinho, de um pai, daquele primo, daquela pessoa que você confiava que iria te proteger, da falta de amor na infância, da falta de direção, de você ter que se virar sozinha, sem ao menos saber como.
Independente do que você passou, independente de tuas escolhas ou de como a vida te tratou: deixe a dor onde ela merece ficar. Não arraste para o hoje o que aconteceu lá trás.
Para mim, quanto mais se grita que é livre, que pode tudo, que não quer regras, mais se quer acreditar nisso. Grita para ver se acredita.
Quem é não precisa mostrar, apenas é.
O que você tem feito com o que fizeram com você?
Basta o seu mal à cada dia.
Deixe a dor no lugar onde ela tem que ficar, mesmo que às vezes, ela venha bater à sua porta. Feche a porta na cara dela. Quem te amou ou te ama, que ótimo, se não te amou, perdeu, passou. Não faça de dores um ringue de guerra, não deixe a dor presente nos seus dias.
Eu sinceramente, espero que essa e outras crianças abusadas, assediadas, não amadas, superem e consigam perceber que a dor é aprendizado. Um duro aprendizado.
Não deixe que a dor te enrugue a testa, que tire seu sorriso.
Não deixe que a dor envelheça seu coração.
Deixe a dor onde ela tem que ficar.
Por: Rachel Kizirian
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