Vem ouvir um som!




Nunca fui muito ligada em TV, há anos percebi o quanto ela rouba nosso tempo, nossa atenção e muitas vezes domina nossa inteligência, ou a falta dela.
Há anos não sei o que é um jornal em uma TV aberta, uma novela e até mesmo filmes.
Não que eu não goste de filmes e séries, gosto mas, tenho minhas predileções. 
Falando nisso, sempre fui aquela que, quando uma música, banda ou livro faziam muito sucesso, eu corria. Corro até hoje.
Não gosto de modismos.
Me lembro quando a banda Legião Urbana estourava nas paradas, eu simplesmente, torcia o nariz, achava Renato Russo um chato, apesar da voz e da música boa. Mas saibam, adoro uma música brega! Enfim, esse não é o tema.
Quando o livro "O Mundo de Sofia" estava em alta, eu não queria nem saber e quando um assunto é muito falado, eu simplesmente ignoro o quanto posso. Talvez seja um defeito, talvez não.

Há alguns meses estou sem TV no quarto, para mim não faz a mínima diferença, já que tudo pode ser visto no computador, mas devo admitir que desde que mudei para cá, fiquei ilhada, estou perdida, sei dos acontecimentos depois que eles acontecem, culpa minha claro e agora sinto a necessidade em estar mais "ligada", olhar as redes sociais e notícias.

Esse desligamento se fez necessário, mas preciso me informar melhor. 
É que realmente há quase três anos, juntando vida pessoal com notícias do mundo, me mostra o quando estou extenuada. Cansada de abrir algum site e ver somente desgraça. Parece, para os antigos, aquele jornal que se espremesse, saía sangue. 
Não aguento querer ver algo e de repente, cair tudo de desgraça em cima dos meus olhos.

Eu como cristã, sei que é isso mesmo e não vai melhorar mas o que quero dizer aqui, é como a mídia está podre, as pessoas amargas, doentes mesmo. E eu estou cansada.
Talvez eu tenha parado de olhar as notícias, porque são raros que realmente mandam a notícia como tem que ser feito, n-o-t-í-c-i-a, apenas.

Não consigo mais partidarismo, falação e gente de todo o tipo se achando entendido no assunto. Está difícil levar, está difícil se informar.

Talvez essa "arma" que temos em nossas mãos com esse nome bonitinho de "Quintessência" faça valer para outros meios, dizer nossas dores, amores, desejos e indignações. 
Pelo que vejo, quando foi lançada essa ideia, não tínhamos a mínima ideia de quanto ele nos serviria, nos cuidaria e nos faria sentirmos mais leves.

Eu hoje posso agradecer realmente o convite e entender o quanto foi bom aceitá-lo. As sextas-feiras voltaram a tomar a importância da escrita, do envolvimento com os outros e com o pensamento.

Obrigada galera, que está comigo escrevendo ou à vocês que estão lendo.
E como dizia a boca aberta da Xuxa:
É bom estar com vocês!

Rachel Kizirian

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