Brasil: Verdades ou mentiras

 

Uma questão que sempre reflito, e que leio e estudo muito é: Qual é o verdadeiro Brasil? Como a história nos foi contada? Quantas mentiras de tantas vezes contadas, se tornaram realidade para nós ou fatos mal contados que acabamos agregando a nossa história e porque não questionamos ou revisamos alguns fatos tortos e inverossímeis de nosso passado.

Sabe-se que a história sempre é contada pelo lado vencedor, nunca saberemos os reais acontecimentos, como por exemplo, a verdadeira recepção indígena, quando Cabral aqui aportou em 1500. Gosto da versão que o Erico Verissimo deu em Tibicuera, onde o Índio não era um ser ingênuo ou burro, afinal ele trocou o que tinha em excesso com o que ele não possuía, a troca foi justa, pois trocaram pedras brilhantes (ouro), animais, madeira, frutas, agua e, artesanato por espelhos, revolveres, machados, comidas e roupas.

Outro fato que sempre contestei é o de Tiradentes, ele era um Alferes, e conhecendo o sistema militar, jamais um alferes (soldado de patente pouco elevada) comandaria coronéis e generais em lugar nenhum ou teria tanto conhecimento de leis como advogados ou o poder da retorica e da argumentação como um escritor ou poeta. Era apenas um serviçal, pois não era inteligente, nem rico e muito menos um grande guerreiro. Todos os lideres eram maçons, menos Tiradentes e a Inconfidência Mineira resultou de um conflito onde Portugal estabeleceu 1/5 sobre todo o Ouro extraído, para recuperar Portugal do grande terremoto que foi atingido, este era o grande protesto e quando descoberto, alguns foram presos, outros extraditados a Portugal (O que era um prêmio...) e Tiradentes foi o bode expiatório, sendo enforcado e esquartejado, mas o incrível é que apenas 100 anos depois, quando instaurado a Republica e precisando de mártires, resgataram a história de Tiradentes, de anônimo até então passou a ser o Herói Nacional e os militares, chamaram um artista (André Delpino) que pintou numa semelhança a Jesus Cristo, para o povo seria identificar como um homem bom, mas pensando bem, como um militar teria cabelo e barba comprida, lembrando que os presos eram carecas, para evitar piolhos.

Outro fato ou embuste que passa desapercebido é nossa independência. Porque Dom Pedro I, tão alienado com nosso nacionalismo, mas ao mesmo tempo tão devoto da cultura e da tradição portuguesa, por que fez esta separação? Porque senão as terras brasileiras ficariam distante de sua família, aqui ficaria as posses para outras pessoas e fazendo esta ação, ele perpetuou o comando da família sobre todo o território nacional, e mesmo na primeira oportunidade voltou correndo para Portugal para ser o Rei lá, deixando seu filho mais velho aqui. Realmente ele não tinha vínculo afetivo com o Brasil. Lembrando que o Brasil foi o único país que proclamou a independência e não trocou de poder e ainda foi o único pais da América que teve Reis. E o famoso quadro da Independência ou Morte pintado por Pedro Américo é de 1888, encomendado por Dom Pedro II, é uma cópia do quadro de Meissonier que pintou uma batalha de Napoleão e que está exposto no museu no Louvre. Para muitos um plagio descarado de Pedro Américo O quadro também apresenta outros erros, como de vestimentas, e seriam mulas e nunca cavalos.

Quantas historias nos foi contado de modo diferente da realidade, ou para tornar mais épico o momento ou para mascarar a verdade ou mesmo para dar um charme ao fato.