Onde queremos chegar?


Mudar é preciso, essa é a máxima e eu, acredito que é assim que a roda gira e crescemos.

Mas existem mudanças e mudanças. Algumas são maravilhosas e crescentes, outras...para quê?

Falando em liberdade, algumas coisas não entram em minha cabeça.

Que raio de liberdade é essa que nos engaiola? Sim, porque a liberdade pode engaiolar, se é que você não saiba, pelo menos na minha opinião.

A liberdade de fazer as regras do seu próprio corpo - meu corpo, minhas regras, a tal liberdade de não depender de homens para viver ou ser feliz ou, sei lá para o que você queira. 

Agora, a tal liberdade dos cabelos brancos.

Então, a mulherada agora não pinta mais as madeixas com a frase embutida de ser livre para "aceitar os brancos", se livrar da prisão que é tingir os cabelos e ter essa obrigatoriedade.

Vamos lá.

Eu sou mulher e sei o trabalho que dá depilação, fazer as unhas, ficar em forma, pintar cabelo e por aí vai. Mas não consigo conceber a idéia do desleixo, sim, porque abrir mão do trabalho de pintar os cabelos, traz a consequência de você deixar também de se cuidar. A vaidade tem seu lado obscuro, mas ela também ajuda a nos querer bem, afinal, temos que cuidar dessa carcaça aqui.

O problema não é não pintar os cabelos - o que por si eu acho pavoroso- algumas poucas mulheres ficam bem com esse visual, a maioria, socorro!

O mal não está em não pintar mas sim em se largar, tentar desconstruir algo que faz bem, que te traz um cuidado. Começamos então com "temos que aceitar nosso corpo" - gordo, doente, dando sinais de problemas futuros - pelo simples fato de "temos que nos aceitar".

Meu corpo, minhas regras e aí, caímos em decadência porque muito se descobre que você não cuidando nem de si, quanto mais do mundo. E acham que podem agredir o corpo da maneira que bem entenderem, só para dizer que é a tal dona da verdade - e da vida.

Então agora, acima do peso, com braços peludos e depilação a fazer, deixamos nosso cabelo branco, porque, pintar o cabelo uma vez por mês, me prende e não querenos ser  presas em nenhum sentido.

Onde isso vai parar?

Não percebem que essa tal liberdade em ser livre, é uma prisão?

Não, não percebem.

Eu lamento.

E continuo correndo atrás da minha saúde e escolhendo a próxima tinta para o cabelo.

Boa sexta!

Por: Rachel Kizirian

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