O mundo está muito rápido e todo mundo sabe.
Existem milhares de teorias sobre o tempo está se esgotando, mudanças climáticas e na órbita, entre outras.
Essa semana, varrendo a calçada na frente de casa - coisa que é chata mas eu gosto - me remeti à minha adolescência em Monte Mor. Acho que aprendi a gostar de varrer calçada e a área da frente de casa, com a tia Dulce. Sua casa tem uma frente ampla, um jardim bonito e claro, alguns dias, devido ao vento, tínhamos que varrer.
Minhas férias ali, era uma delícia, coisinhas corriqueiras mas que marcaram. Coisas que pensava como: como ela consegue manter a casa limpa desse jeito - sendo que era uma casa bem considerável, mas simples e clean. Como ela não se esforça tanto em faxinar e a casa se mantem assim?
Me lembro do leite na garrafinhas, um dia sim, um dia não, que o leiteiro deixava na porta de casa, o hortifruti que entregava frutas em casa, a vendinha que comprava pequenas coisas, a qual ela tinha uma conta e pagava todo final de mês. Me lembro que tudo tinha horário.
Acordávamos por volta das 8h tomávamos café - era normal - café, leite, pão, manteiga, requeijão se tivesse, queijo - mas para mim era muito especial. O clima da manhã sempre me encantou, os pássaros cantando cedo, a mangueira no quintal, as goiabeiras e os gatos zanzando pra lá e pra cá.
O almoço era sempre entre meio-dia e meio- dia e meio. Comida gostosa, onde doce não era sobremesa mas sim, frutas ou um picolé.
Umas 15:00/15:30, íamos para o café da tarde, um pãozinho ou bolachas com café.
Comíamos com consciência para não perder a fome para o jantar que, acontecia umas 18h. Às 22h era a preparação para a cama.
Pensando em tudo isso, lembrei que o tempo corria calmamente, devagar e sereno.
Ali, assim como em minha casa também, não existia essa agitação, a vida dava tempo, era tranquila e deliciosa.
Varrendo a calçada me veio a recordação e foi tão presente, como estivesse lá.
Porque perdemos essa calma? Porque comemos muito mais do que precisamos, somos agitados e ansiosos.
Saudades daquele tempo, quero de alguma forma recuperar preciosidades da vida, que um dia, ficaram para trás.
A tecnologia é boa, mas melhor mesmo é jogar o peão no chão e vermos ele rodar, até parar devagar e preciso.
Pegue sua memória e veja o que você quer trazer de bom para os dias de hoje e implante isso, apesar da pressa, da vida, da tecnologia. Vamos abraçar as coisas boas que ainda podem existir.
Um bom final de semana por aí!
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