Vim, vi e venci

Entre tantas expressões em latim, uma sempre foi de minha admiração: Veni, Vidi, vici que traduzida significa “Vim, vi e Venci”. Esta frase atribuída ao grande general e Imperador Romano Júlio César, quando venceu Farnaces II, rei do Ponto, na batalha de Zela. Esta frase possui um contexto forte, de muita autoestima, confiança e superação diante de alguma dificuldade na qual irá encontrar em alguma circunstância.

Tenho lido, visto e assistido muitas vezes, esta expressão num outro sentido de utilização, dentro de uma metáfora, onde pode ser simbolizada, num contexto de avaliação, quando uma pessoa está a vender seu produto ou seu trabalho, seja um empregado dentro de uma nova oportunidade de trabalho ou um consultor empresarial desenvolvendo um novo produto ou serviço. Quando for uma pessoa mais velha sempre conta o que fez, e o que realizou, enquanto o jovem conta o que fará ou irá desenvolver, pois não tem ainda conquistas alcançadas, então o desafio é muito maior. Enquanto que a pessoa mais velha fica nos pontos que teve sucessos, relembrando as façanhas para um futuro projeto. E ai cabe lembrar o grande poeta Carlos Drummond de Andrade que citou que “A experiência é um carro com farol ligado para trás”.

Desta forma, é muito importante refletir e lembrar que quem vive do passado, mata o presente e sufoca do futuro. É obvio que as vivencias nos conduz ensinamentos maravilhosos e estas lições devem ser sempre regadas e trabalhadas de maneira inteligente e como escreveu a poetisa maior Cora Coralina “Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.”. Costumo sempre me referir quando realizo uma consultoria, que não existe formula do bolo pronta, pois cada momento, cada local, cada pessoa, tem uma história, uma cultura, uma referencia diferente daquela que já tivemos a oportunidade de trabalhar, assim temos sempre que estar atualizado e conectado com as ferramentas e o novo momento na qual está se vivendo, sem esquecer as lições apreendidas.

Há muito tempo atrás, li em um livro que inteligência é a capacidade de associação de um fato em outro, compreendendo e utilizando o pensamento e a razão na tomada de decisão, sendo assim, um rude agricultor pode ter uma grande inteligência ao fazer associação com o tempo, com o mar, de coisas de sua vida cotidiana e relacionar com coisas novas, enquanto que conhecimento é a transformação de uma informação na utilização desta para a pratica. Ser um mestre ou doutor, você terá muitos conhecimentos, mas não necessariamente será inteligente. Desta forma a frase de Júlio Cesar está carregada de um empreendedorismo, de uma ousadia, de uma força de superação que vai além do conhecimento, pois está impregnada de um risco, muitas vezes não calculado.

Quando vamos ao confronto de um novo desafio, devemos ter em conta que a estratégia e o planejamento devem ser sempre utilizados, mas também temos que ser audaciosos, como o conquistador Hernan Cortez, quando saiu de Cuba para invadir o México e atacar os Astecas, e quando notou a apreensão e o medo em seus soldados, o que ele fez? Mandou “Queimar os navios” desta forma não haveria como os seus comandados voltarem atrás ou eles venciam ou morriam. Dentro de um contexto corporativo ‘queimar o barco’ tem um sentido de eliminar a possibilidade de retroceder. Ficar parado é perder. Ir em frente com inteligência é o nosso desafio

A coragem faz parte do vencedor, enquanto que o medo atrasa a nossa vitória, impede de sermos felizes e isso serve para todos os momentos. Ter medo de tomar um fora de uma menina numa festa, vai te impedir de alcançar aquela felicidade do momento, assim como ter medo de chutar uma bola a gol ou mesmo dentro de uma empresa de tomar a iniciativa de realizar o projeto, não se achar o preparado, ou o pior, que muitas vezes verifico. As pessoas dizem que quando chegar o momento vão se preparar, farão uma faculdade, um pós, ou apreenderão um novo idioma. Mas talvez quando chegue a oportunidade esta será de quem já está preparado, não se dá tempo ao tempo. Como diz um dito gaúcho, o cavalo encilhado passa uma vez, mas procuro pensar que este cavalo pode passar várias vezes encilhado, se for domado e conquistado.

Faça! Faça as tuas coisas darem certo para ti, não dependa de outras. Não repasse as oportunidades. Não deixe os outros tomarem a tua felicidade. Faça e busque as tuas conquistas. Seja o vitorioso!




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