Hoje eu te falaria: Parabéns, tio! Como você está? Estou com saudades.
E ouviria de você: Armêeeeniaa!! E aí, decorreríamos numa conversa rápida.
Fico me perguntando, porque eu não demorava mais?
Eu ainda achava que sentaria grudada em você e me sentiria aconchegada novamente, te roubando da sua filha - só um pouquinho - e me sentindo amada, sentiria o cheiro do seu cachimbo, abraçaria seu braço e encostaria no seu ombro, falando das loucuras de termos chegado até aqui, do seu café preferido - que até hoje não sei qual é, de alimentação, de leis e risadas, de qualquer assunto, isso realmente não importaria. Tudo era tão bom.
E eu aproveitei tão pouco.
Se pudesse voltar no tempo. Mas não posso.
Essa é a segunda carta de amor que escrevo.
A primeira foi para o meu pai, onde o título era: Um Beija-flor de Presente para você.
Acho que um novo beija-flor foi acompanhá-lo para voarem juntos.
Então voe e faça o seu balé.
Eu te agradeço por ter bailado em minha vida com amor e cuidado.
Eu nunca te disse, mas eu sempre te amei.
Acho que você sabia.
Tínhamos uma forma só nossa de demonstrar.
Parabéns, Beija-Flor. E um Feliz Aniversário.
Por: Rachel Kizirian
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