Impressões Praianas - parte 2

Quem me conhece sabe que adoro conversar com as pessoas dos locais onde estou visitando. Sou apaixonada por culturas diversas e costumes locais.
Sempre que posso, converso com o vendedor de brincos, com a moça da tatuagem de henna e com o garçom da barraca de praia.
Aprendo, troco experiências e me divirto. 
Semana passada, em Canoa Quebrada, conheci uma mulher que vendia bijouterias. Ela me contou ser mãe de três. Cria os meninos sem pai e sem ajuda. Mas é feliz. Aprendeu a ser responsável, segundo ela. 
Trocando ideia com o atendente da barraca que gostamos de ficar, perguntei se o mar era sempre agitado. Ele disse que não, tudo dependia da lua. Diante da minha afirmação sobre gostar de mar manso e sem ondas, como o da Paraíba, ele sapecou: - é porque lá não tem lua". 
Caí na risada. Essa foi uma mais loucas explicações sobre a mansidão de um mar. 
Uns dias depois, volto à barraca e pergunto ao mesmo rapaz como vão as coisas.
- e aí, tudo em paz? O que me conta de novo?
Ele me responde:
- tô aqui desopilando a cabeça. O sol tá muito quente!
Solto um sorriso. E digo para ele usar um boné. Ele resmunga que é aí que vai assar a cabeça mesmo!!!

A simplicidade das pessoas me contagia e ao mesmo tempo me preocupa o quanto o brasileiro ainda precisa de instrução e informação.

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