Eu adoro o litoral brasileiro. Mas, em particular o nordeste. As águas são quentes e muitas praias possuem ondas calmas. Quase piscinas. O ideal para pessoas medrosas como eu.
Não ria, mas eu tenho tanto medo de me afogar que nado com a cabeça pra fora. E não pulo sete ondas.
Acontece que tenho visto, com tristeza, que os frequentadores das praias, além do péssimo hábito de ligar o som automotivo, estão com as temerosas caixas de som. Maldito Bluetooth causador do barulho infernal no ouvido alheio!
Tá. Você deve estar pensando: - Nossa, que exagero! São caixinhas de som! Que mal tem?
Se fossem caixinhas cujos donos ouvissem suas péssimas músicas entre o seu próprio grupo, tudo bem.
Mas as caixas são do tamanho de malas tamanho extra G!!! Têm até rodinhas! E não são baratas!!!
Cada um chega, liga a sua na altura que deseja, com a música ridícula que quer e não se preocupa com o vizinho de mesa. É o cúmulo do egoísmo e da babaquice.
Ninguém é obrigado a aturar o que eu gosto de ouvir. Para isso existem os fones de ouvido.
Agora há pouco vi três mulheres chegando à praia com uma caixa de som que parecia um bezerro. Precisaram de quatro mãos e dois braços para o transporte. E agora estou ouvindo a gritaria desafinada do cantor delas.
Minha sorte foi que um brasiliense, chato igual com sua caixa de som, colocou MPB para competir. E até agora ele está ganhando o meu voto. Lenine e Nando Reis com certeza fazem juz à perturbação aos meus sagrados ouvidos.
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