Os Lagartos da minha vida



Não há nada na natureza que eu deteste mais que insetos. Mentira. Eu detesto Lagartos. Qualquer um.

Tipo: Eu odeio mesmo. Tenho medo e tenho pavor e quando encontro um, seja grande ou pequeno, eu grito e saio correndo.

Eles também saem correndo. Mas aposto que os lagartos, quando se encontram na convenção semanal, caem na gargalhada quando falam de mim. Eu tenho certeza que a reunião de pauta deles, de manhã e diariamente, eles combinam de me assustar. Aparecem do nada, na horta, na varanda, no muro da lavanderia... E sempre, sempre me assustam. Deve ser combinado, claro!

Quando eu era pequena, na nossa casa do Setor Militar, sempre apareciam lagartixas. Branquelas ou Marrons. Escuras e claras. Grandes e pequenas. Eu sempre tive medo delas caírem em cima de mim. Mesmo com a explicação dos meus pais, de que elas não caíam, não dava para conviver no mesmo espaço. 
De vez em quando meu pai era obrigado a matar uma lagartixa, mas em geral conseguia só espantar as olhudinhas para parar com meu terror.
Certa vez, eu estava em Curaçao tomando café da manhã, quietinha, numa boa e quando olhei para a cara do meu marido, se fazendo se sério, me dizendo: - se você confia em mim, passe para o lado de cá sem olhar para trás. 

Eu saí da minha cadeira, deixei meu pão e meu café e fui depressinha para o outro lado da mesa. Ao ver o bicho que estava perto da minha cadeira, eu fui parar, rapidamente, em um só pulo, em cima da cadeira do Sylvio. Meninos e meninas, o lagarto era do tamanho de um cachorrão porte médio. O rabo do miserável era azul e gigante. As holandesas, rindo de mim, ofereciam pedaços de frutas para os cães/lagartões. O garçom explicava para elas que uma mordida deles arrancaria os dedos. Mas as bestas, não deixavam de oferecer. 

Diante do meu pânico, o rapaz do hotel jogou vários pedaços de frutas e pães para longe e os danados correram tão depressa que deixariam Usain Bolt impressionado. E eram vários. De todas as cores e tamanhos. Eu, não precisam adivinhar, nunca mais voltei ao café da manhã. 

Da última vez que estive em curaçao, não vimos os lagartões, mas as iguanas continuavam firmes e fortes apesar de serem uma iguaria típica do país. Eles comem sopa de ARGH iguana! Eu espero que os rabos azuis e verdes não tenham sido extintos, mas da próximas vez que eu for para lá, espero não encontrá-los. Infelizmente, não posso dizer o mesmo dos lagartos stalkers daqui de casa. Acho que eles vão continuar me atazanando o juízo.


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