O dia sete de setembro, na minha lembrança, sempre foi um dia alegre.
Aqueles desfiles militares, os aviões da Força Aérea Brasileira, a Esquadrilha da fumaça fazendo o céu colorir...
Afinal, ter um dia sem trabalho. Um feriado. Dia de curtir a família, os amigos e descansar. Afinal, ficamos independentes do colonizador/explorador.
Mas será que ficamos mesmo?
Historiadores nos contam que deixamos de ser colônia de Portugal em 7 de setembro de 1822, onde D. Pedro I teria dado o "Grito do Ipiranga". Mas é claro que foi muito mais que isso. Já que D. João VI tinha saído fugido de Portugal, com medo de Napoleão e querendo preservar a amizade com a Inglaterra, trazendo 15 mil cortesãos junto a ele, acho que mais que nunca deveríamos pensar que Portugal já não era nosso dono. A própria família real estava no Brasil. Mas tudo é tão bagunçado que a corte estava aqui e as riquezas iam para lá. E tem gente que acha Portugal melhor que o Brasil.... Mas isso fica para outro post.
Vamos ao Grito da Independência. Quando Napoleão foi derrotado na Europa, D. João integrou Brasil e Portugal. O Brasil, a partir de então, começou a participar da política do Reino, inclusive, possuindo seus representantes diretos nas Cortes de Lisboa. Este aumento na importância do país, frente a Portugal, seria uma das faíscas que acenderiam os desejos dos brasileiros pela independência. Além disso, os deputados brasileiros possuíam muitos desentendimentos com os portugueses.
Em conjunto com as picuinhas da corte, os brasileiros começaram algumas revoltas contra a monarquia. D. João voltou para Portugal e as pressões sobre D. Pedro eram crescentes para que o Brasil tivesse sua autonomia reduzida. o Príncipe decidiu equiparar militares brasileiros com os portugueses, reduziu os impostos e decidiu permanecer no Brasil. Ele determinou que as ordens portuguesas não mais seriam acatadas e, depois de receber cartas ameaçando ele e sua família caso ele não voltasse para Portugal, houve por fim a declaração da Independência. Ninguém sabe se houve o grito de independência ou morte. Mais provável que não.
Hoje, vejo a data, que foi motivo de trabalho, sofrimento e orgulho, sendo usada por alguns políticos sem caráter para incutir no povo ideias errôneas sobre o que está acontecendo no país.
O ódio e a divisão tem sido cada vez mais provocada por aqueles que deveriam lutar pela união e melhoria desse velho e carcomido país tomado de políticos corruptos e ladrões de esperanças e de vidas.
Ame o seu país, mas não idolatre político algum.
Um país que está podre.
ResponderExcluirMuito complicado... Está mais para ame-o ou deixe-o.
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