O discurso e a prática!

 

Faz algum tempo que me atento mais no que as pessoas praticam do que falam. É o velho dilema entre o discurso e a prática.

Pessoas falam o que deve ser feito, mas a prática é bem diferente. E eu não estou aqui para julgar ninguém e sim para analisar a prática com o discurso. Óbvio que o ser humano tende a julgar as atitudes dos outros, mas quem é perfeito nessa vida.

Contudo, o que ando vendo é a completa incoerência de quem se diz democrata. Falam abertamente de democracia, respeito ao próximo e por ai vai, mas quando se trata de uma opinião divergente tendem a ser ditadores. Democracia até concordarem com suas ideias. Fico observando e vendo quanta incoerência, ainda mais nos tempos de hoje de acirramento político. Pessoas que chegam a brigar com outras por causa de opções políticas. Ao meu ver uma tremenda imbecilidade. Eu por exemplo jamais vou votar no PT, entretanto tenho amigos petistas e por mim está tudo certo é direito deles de votar em quem eles bem entenderam, assim como quem quiser votar em qualquer candidato até no Bozo. Isso para mim não muda nada. Somos livres e opiniões tem que ser respeitadas, mesmo as quais não concordamos.

Minha tendência é não julgar, mas me afasto daquelas pessoas que dizem: Ah se você votou em A nem me adiciona ou se votou em B me deleta. Como se isso fosse pré requisito para uma amizade. Bom desse tipo de pessoa eu me afasto. Ignorância já basta a minha.

Por fim, peço para as pessoas conseguir um tempo para refletir do que andam falando com o que andam praticando. Teve uma passagem na época em que eu estava cursando a faculdade de história que fizemos um pedágio para custear a passagem para um encontro de história lá em Paranaguá. Pois bem, fizeram o pedágio e depois uma reunião de como ia ser feito a distribuição do dinheiro arrecadado. Eu, como já trabalhava com contabilidade, paguei minha passagem, mas mesmo assim fui na reunião. Chegando lá a discussão era de quem seria agraciado com os recursos. Uma parte queria que o dinheiro fosse rateado entre todos, outra parte disse que o justo era só ser repartido com quem foi no pedágio. Vi os argumentos dos dois lados e achei mais coerente que fosse rateado entre todos podendo me excluir da listagem. Houve briga principalmente com quem não foi no pedágio. Perguntei para coordenadora qual linha que ela seguia. Ela me disse que era comunista, então logo disse que o rateio entre todos era o mais certo. Ela como foi no pedágio disse que não era justo, eu contra argumentei que a ação por ela feita era em benefício próprio ou para a comunidade? Óbvio que não me respondeu e inclusive se não me fale a memória prevaleceu a ideia dela. Velha máxima: Comunismo para os outros, para mim não.

Ainda bem que vivemos em uma democracia.