Um ensaio sobre a morte.

 

A morte para uns é o fim de tudo, para outros um recomeço e para alguns o fim de um ciclo. De qualquer maneira a forma como é encarada a morte muda de acordo com que cada pessoa acredita, pois nós seres humanos que somos sabedores dela ainda  não estamos preparados para lidar com ela.

E não falo aqui de medo da morte, isso nós temos em determinado ponto da vida. O instinto de sobrevivência tende sempre a falar mais alto e mesmo quando não temos mais nada a perder  a esperança em dias melhores, em tese, deve superar a vontade de morrer.

O que venho falar aqui é o quanto abatido nós ficamos por um ente querido que se vai, o quanto, em alguns casos, morremos junto com eles. Em uma das reuniões que estive na casa espírita, (essa é a doutrina que mais tem haver com meu jeito de pensar) ouvi que não sabemos viver aqui para o pós morte. Aquilo me deixou pensativo e muito reflexivo, pois se você está em uma casa espírita e segue a doutrina você acredita que a morte é apenas o fim de um ciclo ou uma passagem para outra dimensão, como queiram. Então me peguei vendo o quanto tinha sofrido com a perda do meu pai e o quanto naquela época eu não estava preparado para a morte. Não estou aqui querendo ser um pregador da doutrina espírita, não tenho pretensão a tanto, só que hoje eu consigo ter a calma e a tranquilidade de acreditar que logo nos veremos novamente. Bom, se isso é questão de acreditar, pois bem eu acredito e digo mais me faz muito bem e me torna mais calmo.

Sei que em época de pandemia que muitas pessoas morreram, sejam elas por diferentes motivos ou circunstâncias, a dor deixada para seus entes queridos foi enorme, principalmente para aqueles que não estão preparados para morte assim como eu não estava no passado. Saber que a morte faz parte da vida já é um começo para tentar entender o que viemos fazer aqui. Ninguém fica para semente, sempre escutei isso. A morte dói, sim ela dói, principalmente para quem fica. Eu da minha parte tento evoluir, tento fazer aquilo que escutei na casa espírita, me preparar para o pós morte. Deixar as coisas aqui com mais amor, mais compaixão, mais compreensão e menos ódio. Não sei se isso não será em vão, mas eu quero acreditar que não será.

Pois bem, só escrevi isso porque vejo pessoas sofrendo muito por seus entes queridos, não quero aqui menosprezar a dor de ninguém, só quero que, assim como eu, aprendam que a morte não é o fim de tudo, quem foi nunca estará longe do nosso coração e se você acredita em uma força maior, calma, nada nesta vida acontece por acaso. O que temos que fazer é entender, compreender e seguir adiante. Porque se você acredita, nós um dia estaremos todos juntos celebrando um novo amanhecer.

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