Max havia se separado fazia alguns meses e a proximidade das festas de final de ano seria uma grande incógnita, pois seria a primeira vez que passaria longe de suas filhas. Como toda separação Max não conseguia entender bem os novos rumos que iria levar a partir daquela nova ideia de vida.
Contudo, em uma dessas andanças pela noite portoalegrense encontrou amigos em um bar próximo de casa. Conversa vai, conversa vem e um desses amigos falou que sempre no final de ano passava na casa de um amigo, quase como um pai para ele, em Florianópolis e que esse amigo sempre convidava pessoas para passar o final de ano lá. Foi a deixa para que Max afirmasse que naquele final de ano ele iria passar lá o ano novo.
Pois eis que chega o momento, já fazia alguns punhados de anos que Max não ia a Floripa, mas não iria passar o ano novo em Porto Alegre. Pediu o carro emprestado de sua mãe e que nem rádio tinha e se tocou para casa do amigo do amigo, um pessoal que Max mal conhecia. No caminho, sem ouvir música, as lembranças da separação, família, filhas e tudo mais fizeram com que Max chorasse em quase todo o trajeto. Mas isso começará a mudar quando Max cruzou a ponte que liga o continente a ilha.
Chegando na casa do amigo do amigo, Dedé como era chamado, um senhor boa gente e com boa hospitalidade fez com que Max se sentisse em casa. Fernando, o amigo que tinha feito o convite já estava por lá. A casa era hospitaleira, um grande avarandado com uma mesa grande onde nos reuníamos para longas conversas madrugada a dentro. Histórias de vida de todos os presentes ali naquela casa. Max aproveitou para contar a sua e ouvir muitas outras, aquilo deu um alento para quem ainda se sentia perdido no mundo.
No dia 31/01 foi um misto de alegria e tristeza. Ao cruzar meia noite foi um turbilhão de emoções, alegria da chegada de um novo ano e a tristeza de não estar próximo de quem se quer estar. No dia seguinte Max foi curtir as praias, aproveitou para conhecer algumas maravilhas da natureza, em especial a praia do Matadeiro. Ali, na beira mar, Max pediu para iemajá um alento para o ano que começava. Pediu que o tempo fosse sábio e que ele encontrasse forças para suportar a fase difícil. Max até hoje não soube explicar o porque daquela sintonia com aquele lugar.
Entretanto, o feriadão de final de ano já ia se terminando e Max já pensava na sua volta a Porto Alegre. Aproveitou bem o lugar, foram trilhas e banhos de mar que fizeram com que ele se reenergizasse. Logo seu primeiro compromisso na volta seria a audiência de separação onde seria oficializado o divórcio. Mas Max tratou de esquecer isso naquele período que estava ali e curtiu bons churrascos e chopes gelados regados a belas histórias.
Na despedida a certeza que tinha feito grandes amigos. Dedé lhe fez o convite para que voltasse no carnaval e que a casa estaria sempre a sua disposição. Max agradeceu o convite e se sentiu honrado, visto que causara boa impressão.
Max se despediu, ligou o carro e se tocou de volta a Porto Alegre. Ao cruzar a ponte uma sensação de que as coisas iriam mudar, afinal ele estava deixando a ilha da magia, e aquela sensação boa foi com ele no caminho, desta vez Max não iria chorando e sim com um sorriso no rosto de quem tem a certeza que a vida estava lhe dando uma nova chance de ser feliz.
Continua...
Aquela ilha faz magias….
ResponderExcluirSe faz...
ExcluirAcho que conheço esse Max ...
ResponderExcluir