Sempre ouvimos falar no valor das coisas. E das pessoas.
Não falo no valor contábil, sim, no intangível, no simbólico. Mas o que é isso?
Eu não sei explicar essa valoração, só sei que tudo é muito caro. Pessoas boas não caem do céu e objetos não chegam até nós de graça.
Não estou aqui para ditar regras. O que aqui escrevo é um compartilhamento de pensamentos, aprendizados e experiências.
Depois de muitas dores e decepções, aprendi a valorizar as pessoas, de acordo com a minha vivência com elas. Cada ser é único e tem um papel nas nossas vidas. Existem aquelas que passam nós ensinando a não ser como elas e outras que nos causam admiração e respeito.
Existem pessoas que nos mostram o pior do ser humano e outras que ensinam o melhor. Há gente boa e gente ruim. Não necessariamente a que foi ruim para mim será ruim para você. Nem a boa para outrem será boa para mim.
Com as coisas materiais também se passa o mesmo. O carro que eu amo pode ser uma porcaria para o meu vizinho. E o carro de luxo do meu colega pode não ser o objeto de desejos da minha vida. Tudo depende da forma como vemos e vivemos.
O valor das coisas é aplicado de acordo com as nossas visões de mundo. Aquela mansão linda de seis milhões de reais, para mim, significa mais trabalho para limpar. Para outras pessoas é o recanto de prazer para a vida.
Eu valorizo cada momento à beira-mar porque não tenho o mar perto de mim sempre. Valorizo os meus filhos, pois sei que em breve levantarão voo e a vida deles será apartada da minha.
Valorizo meu pai porque sei que ele não estará aqui para sempre.
Valorizo meus cães porque a vida deles é tão curta que jamais poderei agradecê-los pelo bem que me fazem.
Valorizei cada dia que passei com o meu carro porque hoje já não o tenho mais.
Aproveitei o meu corpo enquanto pude, para fazer escaladas de bicicleta, tão incríveis, por saber que um dia não poderia mais.
Aprendi, com o tempo, que os defeitos que eu vi em algumas pessoas, não eram defeitos, eram a personalidade delas. Os "defeitos" eram projeções da minha cabeça. Eu desejava que elas fossem como eu queria e não como eram. Perdi pessoas ótimas por causa do meu jeito de enxergá-las com egoísmo.
Hoje aceito as pessoas como elas são. Valorizo cada um que passa pela minha vida. Mas esse valor muitas vezes se perde com as atitudes. Admiração, respeito e afeto são como plantinhas, precisam ser regadas e cuidadas para florescer.
O valor das coisas depende, na minha opinião, do quanto se batalhou para conquistá-las. E das pessoas depende do quanto cada um devolve os afetos que lhes destinamos. Afinal, Amor incondicional só existe o de mãe. O resto, necessita de reciprocidade, deferência e muitas doses de sinceridade.
Por: Taís Morais
Perfeito. A vida...
ResponderExcluirMe identifiquei. Verdades
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