Sobre as escolhas da nossa vida

Hoje acordei com uma música que me fala muito. Que conta muito sobre cada um de nós e das escolhas que fazemos no nosso dia-a-dia.

A canção, gravada há muitos anos, já fez parte da minha playlist, mas andava esquecida. Ao ouvi-la, meu coração deu uma tremidinha.

Uma saudade gostosa bateu devagarinho na porta das minhas lembranças.

Enquanto eu tomava meu café da manhã, revisitei lugares queridos, deixados para trás por pura escolha.

A música, no vozeirão de Emílio Santiago, me alegrou e me entristeceu ao mesmo tempo.

Recordei uma conversa que tive há anos com alguém que me perguntou o que eu queria para o meu futuro. 

Respondi que queria ser feliz. Questionada com a mesma pergunta, a pessoa me respondeu que queria ser rica.

Acho que conseguimos nosso objetivo. Parcialmente. 

No meu caso, acredito que sou feliz dentro do possível. Sempre faltarão algumas coisas, afinal, felicidade não é receita de bolo. Assim como ser melhor provido financeiramente não é sinônimo de ser feliz.

Acredito nas escolhas da vida. E como dizia Emilio Santiago, 

"Era só isso que eu queria da vida
Uma cerveja, uma ilusão atrevida
Que me dissesse uma verdade chinesa
Com uma intenção de um beijo doce na boca".

Fiz e continuo fazendo escolhas todos os dias.

Nem sempre são escolhas sábias. Outras vezes apenas sou escolhida pela circunstância. Não me desespero como antes, mas traço alguns planos para mudar o que penso não poder ser mudado. 

Procuro não ser escrava das minhas más decisões. Contudo, para sempre terei que conviver com as consequências delas. Não acredito que haja uma verdade chinesa, nem uma verdade brasileira. Existe uma única verdade e essa só pode ser descoberta depois das escolhas de cada um de nós, porque:

"Muita coisa a gente faz
Seguindo o caminho que o mundo traçou
Seguindo a cartilha que alguém ensinou
Seguindo a receita da vida normal
Mas o que é vida afinal?"

Se alguém souber, por favor, me diga, pois seguir a cartilha não está dando muito certo para mim, não.