Na subida do morro - Um conto de outono - Final

 

Chegando no bar foi de pronto falar com o dono. Este relatou para Max que a mulher na qual passará a noite anterior era sim mulher do dono do morro. Max ficou preocupado, mas o dono do bar lhe disse para ficar sossegado pois fora do morro não saberiam de muitas coisas, então que evitasse a subir o morro. Mal sabia ele que Max já havia levado a Cris em casa.

Max ficou intrigado, como uma mulher que pode afetar a vida de outros colocou a sua em risco e mais, o papo da noite anterior nada fechava com aquele relato do dono do bar. Apesar que a Cris morava em uma comunidade perigosa.

Como Max não trocou os telefones com a Cris achou prudente esquecer aquela noite e aquela linda mulher. Não poderia se colocar em risco por causa de uma aventura.

A semana passou. Como não houve mais nenhum rumor sobre aquele dia. Max encontrava-se tranquilo, mas eis que na sexta-feira Max recebe um mensagem da Cris no seu celular. Através do celular da amiga, Cris diz que está com saudades e que quer repetir aquela noite. Max recebe a mensagem e reluta. Vai no bar e fala novamente com o dono, pois uma mulher que está "marcada" fala em encontrar ele novamente. O dono diz que ele pode até se envolver com ela, mas que jamais suba no morro, pois o dono está preso, mas tem olheiros. Sugeriu que mandasse um Uber até lá e depois mandasse um Uber de volta para levar a Cris. Max escutou atentamente, mas ainda sim essa história não fazia sentido.

Max estava no bar na sexta e depois de umas e outras mandou mensagem para Cris dizendo que pegaria ela as 21:00h. Cris então marcou o local. No meio da comunidade. Max pensou, relutou e decidiu que iria, mas passaria de forma rápida.

Na hora marcada Max se despede dos amigos e entra no carro. Max estava preocupado, mas bolou uma estratégia. Colocou a máscara de proteção contra covid e o celular no painel do carro como se fosse ele o Uber. Quando Max chega no lugar marcado, Cris está lá rodeada de pessoas. Max para o carro e Cris se despede do pessoal dizendo que chegou seu gato. Ao entrar no carro Cris olha Max de máscara e indaga: de máscara? Max não se conteve e perguntou para Cris se existia algum problema dele estar ali. Cris não entendeu, então Max explicou o que o dono do bar lhe contará. Cris ficou furiosa. Disse jamais foi mulher de vagabundo e que tinha apenas um irmão e um sobrinho que estavam envolvidos com o crime e que a família estava tentando salvar os dois. Cris falou que o dono do bar inventou essa história pois era ele que dias antes tentará alguma coisa com ela, mas que ela não tinha esse interesse e que só estava saindo com Max novamente pois gostou do jeito simples e desligado. Max se sentiu mais aliviado e foram para casa do Max.

A noite foi maravilhosa como tinha sido a primeira noite. Conversaram muito, beberam, comeram e fizeram amor como dois amantes. Pela manhã Max leva Cris novamente para casa. Cris tinha compromissos com a família e seus problemas. Combinaram de se ver novamente.

Durante a semana Cris chegou a mandar algumas mensagens para Max, mas ele estava atarefado demais no trabalho e recusou seus convites. Cris então lhe manda uma mensagem na qual estaria indo para o interior para cuidar da avó que tinha pego covid. A partir dai Max nunca mais soube da Cris. Nunca mais soube notícias dela. Max chegou entrar em contato com a amiga, mas ela também disse que não tinha notícias da Cris.

Max não perguntou mais. O que ficou para ele foi a imagem daquela gata negra que em um determinado momento da vida fez Max sentir uma emoção da qual ele já tinha esquecido. 

por XAndi guilaMelon