As dores de todos nós



Os leitores do blog que me desculpem pela ausência, mas estive envolvida com mudança de residência em meio à reforma da nova casinha e muito caos. Pretendo me redimir escrevendo sobre algo que todo mundo sente: - Dor!

Há alguns anos desenvolvi uma artrose na cervical que dói sem parar. Uns dias mais outros menos, mas é um incômodo sempre presente. O favor da natureza para nos mostrar que estamos envelhecendo e que a carcaça está ficando gasta.
Não bastasse isso, todas as vezes que fico tensa, essas dores pioram e refletem pelo meu ombro, escápula e braço direito. Um verdadeiro pandemônio muscular.

Durante a reforma da casa para a qual nos mudamos, uma série de problemas foram surgindo. Reflexo da mão de obra desqualificada e descuidada com a qual temos de lidar no Brasil. As minhas dores pioraram, é claro! E para completar, arrumei uma dor no cotovelo (não é de cotovelo, não confundam! rsrsrsrsrs) e outra no joelho. Daquelas em que agachar ou sentar são tarefas dolorosas. 

Mas, gente! Por que ela está contando isso? Só para falar de um meio de transporte muito delicado e falível: o nosso corpo. Esse templo, tão negligenciado por muitos e mal cuidado por outros, é frágil. Um pequeno deslize e já não há como consertar.

A mesma coisa acontece com a nossa mente. Quando as dores da alma nos alcançam e a negligenciamos, os danos podem ser irreversíveis. Minha alma conviveu com uma condição adversa durante muitos anos. Por medo e preconceito, eu não buscava apoio psiquiátrico e nem psicológico.

Alguns profissionais não muito qualificados, ou apenas descuidados, ao serem consultados, diagnosticaram minha condição de forma errada e eu sofri as consequências de um tratamento ineficaz. Algumas tentativas de suicídio, graças a Deus mal sucedidas, me levaram a uma profissional que acertou meus medicamentos. As dores da alma não desapareceram. Há dias em que o mundo e as tristezas pesam toneladas sobre os meus ombros e eu sinto vontade de me enfiar debaixo dos lençóis para nunca mais sair. Então, eu luto com os demônios da minha bipolaridade e acordo mais disposta que nunca a viver. E a ser feliz. 

Tratar as dores do corpo junto com as da alma é uma atitude de amor consigo. Jogar fora tudo o que te causa essas dores pode ser difícil, mas é essencial para uma mente saudável.
Estou lutando para vencer algumas situações dolorosas, entre elas, o desemprego. E tenho absoluta certeza de que vou sair vitoriosa. Afinal, qualificação, alegria e vontade de melhorar todos os dias, eu tenho. Os anos podem passar, as rugas aparecerem, a carcaça não ser mais a mesma. No entanto, eu não me darei por vencida até o dia do meu último suspiro nesta terra.

Comentários

  1. Exatamente. Não te entrega. O que precisar de mim pode pedir ou ligar a qualquer hora. E não te bobeia que se não te resgato e trago pra cá...kkk. Tu é muito importante, pelo menos para mim... Bjs

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  2. Amei a reflexão. Pura verdade.
    Só percebemos a ferida se ela estiver aberta, e doendo. É preciso cuidar. Sobre "atitude de amor consigo", eu descobri recentemente falar o que penso, me dá um alívio. Tira uma peso. Enquanto que não dizer, me faz sentir um traidor de mim. Vivendo e aprendendo, hahaha
    Boa tarde
    E melhoras, tamo junto!

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  3. Eu também tenho minhas dores, reflexo da vida , as da alma, e outras da idade e má postura mesmo kkkk
    O negócio é resistir e se alongar, além de boas doses de vitaminas e boa alimentação
    Quanto ao processo em si, não tem volta é tentar conviver com ela, a dor ...

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  4. Eu sei exatamente como é a luta. Vc sabe da dia importância, eu sei da minha, cada qual sabe a dorme a delícia de o sermos... Mas as vezes é preciso gritar. Que consigamos cuidar, cada dia um pouco, com jeitinho e nos fortalecer ainda mais. Te amo. Vc já sabe. Mas eu repito.

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  5. Eu sei exatamente como é a luta. Vc sabe da dia importância, eu sei da minha, cada qual sabe a dorme a delícia de o sermos... Mas as vezes é preciso gritar. Que consigamos cuidar, cada dia um pouco, com jeitinho e nos fortalecer ainda mais. Te amo. Vc já sabe. Mas eu repito.

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