O Amor inocente

Amor.


Eu gosto de falar de amor. Adoro a palavra AMOR. Adoro fazer Amor. E não estou me referindo ao sentido sexual, este é maravilhoso também, mas acredito que expressão "fazer amor" foi inventada por alguém que queria romantizar o ato sexual. Só isso. Nada mais que isso.

O Amor ao qual me refiro neste texto não é sexual. Não é entre humanos. Não acho que os seres humanos consigam amar de forma inocente depois que passam da infância. Mas isso é conversa para outro texto, não é mesmo?

Hoje, nos Estados Unidos, é o dia nacional do filhote (#NationalPuppyDay). Não interessam os EUA, neste caso. Sim, os filhotes de cães, gatos e animais de estimação em geral. E olha que o pessoal mundo afora decide criar cada filhote, que só Jesus na causa! eheheh

Eu não tenho mais filhotes em casa. Nem os serumaninhos humanos e nem os serumaninhos caninos. Aliás, só me resta uma idosinha de 12 anos, regastada do centro de Zoonoses de Brasília, em 2009. Ela me deu muita despesa com a mil e uma coisas que ela estragou. Uma coisinha pititica, que fazia um estrago gigante. Mas me deu muita risada. Se alguém estiver pensando que a salvei da zoonoses, eu explico que foi ela quem me resgatou de um imenso abismo triste que eu estava enfiada.

Dois anos depois, em 2011, veio outro filhote. Dessa vez comprado. Juro que nunca apoiei a compra de filhotes, nem digo a ninguém para comprar, mas aquela cachorrinha - aí vai da sua fé - estava destinada a mim. Eu queria um cachorro de porte grande e que fosse filhote, por causa da pequena que já vivia aqui - a Nana. E eu procurava um de raça doado. Eis que lendo o jornal de manhã, eu vi uma ninhada de Rodhesian Ridgeback anunciada. Eu nunca ouvira falar dessa raça! Entrei no atual pai dos burros, o Google, e me apaixonei pelas criaturinhas.
Decidi só ir conhecer os cachorrinhos. No local havia uma ninhada de 9. Uma a mãe matara sem querer. Brinquei com as fêmeas, pois só queria se fosse fêmea e já estava de saída quando pedi uma das meninas. Infelizmente, ela já tinha dono. Outra veio para perto de mim e mostrou a barriguinha. Mexi com ela e percebi que não era uma filhote agressiva e, provavelmente não seria uma adulta agressiva. Não poderia ser, por causa da Nana.

Fiz o cheque (kkk), e saí feliz da vida com a minha filhote de gigante, caçadora de leão, na África. Cheguei em casa com a cachorra e veio o périplo para escolher o nome. Acabou sendo sorteio. Lola, o nome que escolhi, ganhou. Depois me arrependi. Deveria ter colocado Baleia ou Capitu. Até mesmo Karenin ou Iracema. O fato é que a Lola cresceu rápido. foi filhote só na idade, mas no tamanho... vocês podem imaginar! Logo alcançou 30 quilos e, quando adulta, 40. Era enorme. Teimosa (é da raça), preguiçosa, ótima companhia e uma excelente guarda.

Se eu estivesse em casa, ela me seguia dia e noite. Se eu subisse e descesse as escadas mil vezes, lá estava ela. Ás vezes eu me irritava e mandava ela permanecer onde estava. Mas a teimosa, ficava do alto da escada ou da porta me olhando. Comédia pura!

Hoje o meu texto fala desse amor. o Amor das nossas vidas. O Amor que não reclama, não pede, não desiste. Só dá. Oferece. Oferta e depois se vai. Vai muito cedo.

Lola teve um câncer agressivo. Mas foi amada todos os dias da vida dela. Tomou umas chineladas porque roubava pão e qualquer comida que ela encontrasse sobre a bancada. 

Foi feliz. 

Agora caça leões no céu.



Comentários

  1. Perfeito, hoje percebo q uma das boas coisas que fiz foi pegar Dark, meu parceiro nesta pandemia. Com certeza ela foi feliz e amada.

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