Acordei sem inspiração.
Este é o motivo pelo qual o texto está sendo escrito tão tarde.
Além da falta de coerência entre meus pensamentos e as frases que tentei construir, uma dor no pescoço/nuca estão me atormentando um pouco mais que o normal. Tenho uma artrose na c3/c4 que me aborrece um monte. Há dias que dói mais, outros menos. Mas a convivência com esse incômodo é diária.
Além da falta de coerência entre meus pensamentos e as frases que tentei construir, uma dor no pescoço/nuca estão me atormentando um pouco mais que o normal. Tenho uma artrose na c3/c4 que me aborrece um monte. Há dias que dói mais, outros menos. Mas a convivência com esse incômodo é diária.
Bem, cozinhar é uma atividade que me acalma. Muitas vezes, a poesia que eu quero escrever e não encontro palavras, sai em forma de pratos. Uma comida, uma sobremesa, um bolinho, essas são formas que encontro para dizer aos meus o quanto os amo.
Cozinhar é uma forma de me doar, de acariciar, de entregar o meu melhor para quem vai degustar o meu preparo.
Cozinhar é dar o meu amor temperado com sal e muitas ervas. É oferecer carinho perfumado deitado na vasilha.
Cozinhar é uma forma de me doar, de acariciar, de entregar o meu melhor para quem vai degustar o meu preparo.
Cozinhar é dar o meu amor temperado com sal e muitas ervas. É oferecer carinho perfumado deitado na vasilha.
Acontece que até a velha receita de bolo de laranja pode desandar em dias sem graça como hoje. Em tardes modorrentas e insossas, não adianta ir para a cozinha. Não adianta sentar na frente do computador. Não vai sair poesia, não vai rolar texto e a lasanha vai ter gosto de comida congelada fora da validade.
Em dias sem inspiração, com dor no pescoço e desilusão gastronômica, é melhor contar para vocês que estou há dois meses tentando terminar o livro Guerra e Paz, do Tolstoi.
É... está faltando inspiração até para ler os grandes inspiradores da minha vida.
Talvez essa desilusão seja culpa dessa pandemia que não acaba, do emprego que não consigo, do tumor da minha Rodhesian Ridgeback que só cresce aumentando minha tristeza.
Talvez essa desilusão seja culpa dessa pandemia que não acaba, do emprego que não consigo, do tumor da minha Rodhesian Ridgeback que só cresce aumentando minha tristeza.
Talvez eu esteja desiludida enormemente com o país, com o STF inocentando o Lulladrão ou com Boçalnaro falando e fazendo *7%@# a todo instante.
Talvez a minha desilusão seja motivada pelo preço do ovo de páscoa, pelo quilo do arroz ou pelo valor do combustível. Mas eu nem tenho carro, então tira esse da lista. Coloca o aumento do gás de cozinha.
Agora nem posso mais assar um bolinho de limão em paz porque os cifrãozinhos ficam dançando na minha frente.
Aí, adeus inspiração...
Bah... Inspiração até estou tendo, mas o sentimento de tristeza por esse país está em alta. Agora a arte de cozinhar eu gosto e aprecio. É o momento que mais gosto, pois me desligo do mundo...
ResponderExcluireu também... mas tem dias que até a arte gastronômica dá uma pifada.
ExcluirJa vi o fim do mundo algumas vezes, e na manhã seguinte tava tudo bem.
ResponderExcluirUfa!!!!
ExcluirA tristeza tbm aqui tá grande....mas a desesperança não pode se firmar. Não pode, senão perderemos ruso que nos resta, Dorca para lutar.
ResponderExcluirForça pra lutar e conseguir sair daqui. Eis o lema.
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