Para nunca esquecer



Costumo pensar de antemão sobre o tema que vou publicar para vocês lerem. 
Confesso que, quase sempre, eu modifico o assunto na hora exata de escrever. Em geral, acabo voltando à velha temática da política.

Hoje eu decidi falar sobre uma coisa que não deveríamos jamais esquecer. Aliás, deveríamos manter na nossa agenda diária. Uma anotação, uma lembrança feliz, um erro do qual nos arrependemos e não queremos repetir e, principalmente, as nossas saudades.

Não a saudade triste. A saudade que dói. Sim, a saudade de momentos felizes. Aquele instante que passou e não demos atenção. Aquele minuto que gargalhamos, mas depois olvidamos.

Hoje falo de uma saudade que nunca mais passará. Serão lembranças que seguirão esmaecendo até sumir.

Falo da saudade que tenho das risadas dos meus filhos pequenos. 
Do barulho de casa com criança. E de casa cheia de crianças amigas das minhas crianças.
Do cheiro de filhos limpos, filhos recém chegados da escola, filhos que choram pelos joelhos ralados. Mal sabiam eles que joelhos ralados doem muito menos que corações quebrados.

Falo da saudade de pegar filhos no colo, de alimentar os buchinhos com frutas e biscoitos e a alma com muitos beijos e abraços.
Saudades dos dedinhos machucados pedindo um assopro. Saudades de sapatinhos sujos espalhados pela casa. Brinquedos novos e já quebrados. Saudades até dos objetos que eles perdiam e voltavam com a cara mais lavadinha do mundo pedindo desculpas.

Pais e Mães costumam se irritar com crianças. Por não quererem dormir, por desperdiçarem o alimento, por sujarem as roupas novas, por não avisarem onde estão, por interromperem o estudo, a leitura, o vinho, a conversa e os hábitos dos adultos. Pais e Mães muito jovens se irritam por não terem tempo de realizar o que querem, entregam os tablets e celulares nas mãos dos pequenos apenas para terem "sossego". Mal sabem eles que os pequenos crescem depressa e logo perdem o interesse pelo telefone da mamãe, pelo beijo da mamãe, pelo colo do papai e pela atenção dos dois. 

Crescem tão rápido e tão sem notarmos que logo estão com suas vidas completamente separadas dos pais. A casa vira dormitório, a mesa não é mais compartilhada e a mãe se torna aquela chata, a que pega no pé.

Pois é, Amigos. Hoje acordei saudosa dos meus pequenos. Das brincadeiras na piscina, na rua, na bicicleta, no parque e no zoológico. Acordei saudosa dos piqueniques literários e das tardes no parquinho ou no Hot Zone.

Mas, principalmente, acordei com saudades dos gritos de "mamãe" pela casa durante o dia todo. 

Uma casa com crianças é uma casa cheia de alegria e sorrisos sinceros. E eu sinto falta das mãozinhas sujas de doce e dos pezinhos levados correndo para lá e para cá, me fazendo sorrir até quando eu estava triste....

Guarde esta lembrança. Ela sempre fará falta.

Por: Taís Morais 

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