Do que se precisa.




 Não preciso sorrir quando não quero, nem ser educada se você não fôr. Meus dias podem ser coloridos nos seus cinzentos. 

Eu posso não estar nem aí para seus problemas ou convenções, não estar interessada em sua forma de pensar ou se expressar.

Eu não preciso falar inglês, francês ou dinamarquês, nem aprender chegar direito na nota.

Não preciso de ser sorrisos, nem lágrimas, nem preciso da minha barriga dura, posso não ter dinheiro o tempo todo e mesmo assim ser feliz.

Não é preciso ir a favor da maré, nem ao menos ir contra ela, não preciso concordar todas as vezes, nem precisar ser aceita.

Não preciso do meu cabelo liso, não preciso de roupas formais, nem da pele perfeita, não preciso de viagens ou estilos, não preciso ser quem o mundo quer, não preciso ser aceita, nem aceitar.

Não preciso, mas eu quero.

Que doideira esse tal de precisar...


Rachel Kiziran


Comentários

  1. Que belo texto, vem bem em uma hora que me encontro triste, triste pela decepção. Que será meu próximo texto depois do fim da trilogia...

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  2. Amo seus textos, são sempre reflexões agradáveis. Outro dia me peguei pensando sobre o mesmo tema. Há umas duas semanas ou menos, sobre o tema, precisar. Penso eu, que o homem(a humanidade, em geral) não sabe o que precisa. Simples assim. Por isso lhe foi concedido o tal do "livre arbítrio". Não sabemos do que precisamos, mas usamos o que temos, como convém. Então término : Não sei o que preciso, mas quero! Bom final de semana à todos. Se é o que precisamos, não sei, mas quero!

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