Conto de verão - primeira parte.

 

Ele nunca soube lidar bem com os sentimentos, talvez seja uma característica do signo zodiacal, mas no profundo da alma existe um vulcão pronto para entrar em erupção.

Max sempre foi desligado quando o assunto se tratasse de amor, não que ele não amasse, apenas desconhecia a forma. Ele tinha jeito próprio de verificar quando estava gostando de alguém. Quando a imagem da pessoa vinha em sua mente e a vontade de vê-la pessoalmente batia forte, era um sinal que ali poderia existir algo.

Sua timidez era um problema, o medo de ser ignorado, desprezado ou mesmo ridicularizado era um entrave para a vida amorosa. Mas Max não se sentia mal por isso, seu instinto calculista e sua intuição faziam com que ele criasse situações de encontros casuais com aquela a qual desejara.

Então em uma tarde de verão Max estava na piscina do clube com um amigo passando as tardes calorentas de Porto Alegre quando viu uma menina linda entrando. Ele logo colocou o olho como todos os outros que estavam ali, mas o que Max não sabia era que seu amigo conhecia ela e lhe disse: quer que eu lhe apresente? Max no início titubeou, mas visto tanta beleza, logo seu instinto calculista falou mais alto e ele disse: Sim...

E foram os dois ao encontro da menina mais linda. Ela tinha 15 anos, altura de 1,55, bronzeada da piscina, corpo escultural, cabelos castanhos e olhos azuis do mar caribenho.

De início Max não conseguia falar nada, ficou admirando aquela sacerdotisa de Afrodite por alguns instantes até que seu amigo disse: bom vocês já foram apresentados, vou dar um mergulho. E saiu deixando Max na frente da Ju. Pois era Juliana o nome dela. Agora Max teria tempo de falar de si e conhecer aquela gata que parava o mundo quando passava...

(por Xandi Guilamelon)