Museu de roupas usadas, boçalidade e o mar.

Rovinj - Croácia (Foto de Taís Morais)


De manhã, enquanto o meu remédio faz efeito para eu quebrar meu jejum, costumo fazer a ronda pelos principais jornais e redes sociais. Nos primeiros para me informar sobre o que a imprensa quer que eu leia e as outras, para matar a curiosidade sobre a vida alheia (rsrsrs). É para isso que servem as redes sociais, né, gente?

Sempre gostei de política e de acompanhar a vida política do meu país e de outros países pelos quais tenho alguma simpatia. Me formei em jornalismo por opção. E me desgostei do ofício por falta de opção. Assim como me desgostei da política. É tanta bandidagem, roubalheira, jeitinho e gente que só quer se aproveitar dos cargos e benesses, que tenho engulhos só de pensar...

Pois é, assim também está meu estômago desde a hora que li nos jornais a maldita matéria falando do museu de roupas usadas do presidente Bolsonaro e esposa. Ora, meu povo, mas como assim??? Não completaram nem dois anos que eles vestiram aquelas peças de roupas e já se acham celebridade? Eles devem pensar que as roupas valem tanto quanto os macacões do Elvis, a camisa 10 do Pelé e a jaqueta do Michael Jackson. Só pode.

Bolsonaro é a encarnação da boçalidade. Um piadista de mau-gosto, um usurpador da cadeira presidencial. Um desclassificado. Enquanto morremos de covid 19, de dengue, malária e falta de hospitais, o homem só pensa em andar de motocicleta e gastar nosso dinheiro. Estamos em 14 milhões de desempregados, mas ele nega vacina, nega conforto e nega o Brasil. Só existe ele e a família dele. E o museu de roupas usadas. Cuja inauguração teve até Laurinha sendo usada para ganhar simpatia. Não ganhou. O Palácio do Planalto não é circo. Parece, mas não é.

Com toda essa babaquice acontecendo no Executivo, no Legislativo e no Judiciário, a minha suprema vontade é apenas ver o mar. Estar no mar. Ouvir o mar. Esquecer que o Brasil está esse pandemônio, essa carroça sem governo, e beijar o vento da praia. Esfolar as almofadinhas dos meus pés em imensas caminhadas na areia, fugir de peixes (eu tenho medo de peixe), sentir os olhos arderem com o sal da água e me sentar olhando a imensidão verde/azul do mar. Só o mar me acalma. Só o mar me faz lembrar que Deus existe e que há alguns séculos, alguns bravos homens singraram mares e aportaram no paraíso que é o Brasil. Pena que os homens e mulheres brasileiros (não todos) não se importam com a vida política. E é por isso que está tudo desmoronado. Sem esperanças. Sem leis e sem Governo.

Mas eu... Ah, eu quero mesmo é o Mar.

(Taís Morais - jornalista e observadora das coisas da vida)

Comentários

  1. É menina.... Eu não sou tanto mar, sou mais piscina, mas que ele revigora, revigora. Ainda mais esse ano que todos estamos realmente relaxar.

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  2. Falando sobre o mar, sempre me acalma, olhar a imensidão dos mares, o azul no horizonte, as nuvens próximas ao firmamento.

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