Guardem suas opiniões, os jovens não as aceitam




Tenho, por hábito, falar abertamente sobre qualquer tema que me vem à cabeça. 
Não ligo muito para o politicamente correto e nem para os possíveis ataques de pelanca das pessoas que se ofendem com tudo. 
Se uma coisa é verdadeira, eu vou falar. Se não me agrada ou não me interessa, vou deixar claro. 
Se algo me ofende, não passará em branco. Será devidamente rebatido. Contudo, ao longo desses anos de vida, aprendi a calar e a falar nas horas certas. Vez ou outra ainda escapam algumas verdades na hora incorreta. Ou, ainda desabafo engasgos que desagradam uns e outros.
Já escrevi aqui no Quintessência que durante minhas trajetórias pessoal e profissional, fechei muitas portas por causa dessa minha maneira sincericida de ser.
Mas tenho visto um fenômeno bem ruim acontecendo: - os jovens não querem ouvir nada. Tudo é ofensivo, tudo é motivo para sensibilidades e reclamações. 
Tenho dois filhos, um de 27 e uma de 21. Como são diferentes da minha geração. Aos 21 ou 27 éramos independentes e falávamos sobre tudo o que queríamos sem medo de ofender os outros. Velhas piadas, velhos ditados e até tratamento se transformaram em grandes ofensas. 
Não se pode chamar de preto, de mendigo, nem de gordo, nem de branquela. Não pode falar que é magricela ou careca. A lista negra virou lista suja. A anoréxica tem distúrbios alimentares. 
Não pode chamar de burro ou ignorante. 
Mulher de programa não é mais piranha e homem de programa não é mais puto.
Não sei onde a humanidade vai chegar com tantos humores sensíveis. Acho que se escolhe demais as palavras e de menos as atitudes.
Pais fracos dão origem a crianças mal educadas e jovens grosseiros. Esses serão péssimos adultos e terão péssimos filhos.
Estamos criando pessoas cheias de ódio, pouco generosas é muito sensíveis ao que não importa. Além disso, as novas gerações estão cada vez mais egoístas e imediatistas. Se apegam ao corpo físico, às questões de gênero e não sabem sequer abrir um livro de literatura clássica.
As novas gerações estão cada vez mais distantes de Deus e próximas da libertinagem.
Defendem o aborto, mas não se cuidam para não pegar doenças. Querem liberdade, mas não sabem sequer fritar um ovo. 
Defendem a liberdade sexual, cultuam seus corpos - que mal conhecem - mas não cultuam a educação, a gentileza e a simplicidade. Está tudo como nos jogos: automático e superficial. 
Eu tenho pena dessa juventude repleta de opinião e pobre de sabedoria. 
Cheia de razão, mas mal educada, completamente desprovida de respeito aos mais velhos, à cultura e ao tradicional. 

Podem me chamar de conservadora, retrógrada e idiota, mas não troco a educação que recebi, nem minha infância e nem minha juventude por nada nesse mundo. 

Éramos inocentes, politicamente incorretos e muito felizes. 

Comentários

  1. Meuuuuuu...eu queria ter escrito esse textooooooooo. Vc é sensacional. Assino dez vezes embaixo. 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

    ResponderExcluir
  2. Perfeito... é só olhar as redes sociais... tristeza... bj

    ResponderExcluir
  3. Tenho filhos de 13 e 10, essa nova geração realmente me preocupa. Exatamente o que vc escreveu, cheios de dedos, mas são superficiais... Falta respeito e empatia. Mas não esmorecemos, seguimos na missão de pais “chatos”, porém educadores e amorosos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Exato! Não podemos deixar que os filhos façam o que aprendem na internet! Sejamos Mães fortes!

      Excluir
  4. Texto esplêndido, Taís.
    Mostra a dificuldade de ser pais, e educadores, hoje.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Deixe aqui a sua essência