Essa tal mudança imposta :/

Quando eu era pequena, me ensinaram que havia dois sexos: feminino e masculino.  Cresci acreditando nisso. 

Todos os formulários que preenchi, até pouco tempo, perguntavam isso: se eu era mulher ou homem. De uns tempos para cá, quando eu vou preencher algum formulário, dou de cara com mulher trans, homem trans, etc. confesso que não entendo esses conceitos. Se eu não me sentisse mulher, eu não preencheria nada, até porque há a opção: -prefiro não dizer. 

Agora me pego sendo obrigada a compreender os conceitos de binários e não-binários. Mas agora a gente virou números? Dezenas?  Daqui a pouco vai perguntar se nós sentimos bípedes ou quadrúpedes.

Esses dias vi uma polêmica do absorvente Always, que teria retirado da embalagem o símbolo do sexo feminino. Mas, gente! Se não mulher, ou seja, do sexo feminino, com útero, não menstrua. Ou será que tem algum homossexual que coloca absorvente só pra se sentir mulher? O mundo tá virado. Tá louco. Tá estranho demais.

Fora a coisa da língua portuguesa, que querem enfiar uma mudança besta pela nossa goela abaixo. É um tal de “migles”, “meninEs”, garotx, e sei lá mais o que, que me irrita deveras! Eu queria saber o que a língua portuguesa tem a ver com a pessoa não se sentir homem ou mulher! Vão mudar as terminações de todas as palavras? Já tentaram com a “presidenta”, mas irão fazer isso com todas? Que vai se da Decisão, do poeta, da atitude, da tristeza e da alegria? Vai virar tristezx? Alegria@? Sei lá...

Eu respeito todas as formas de vida e de opção. Cada um faz da sua existência, do seu corpo, da sua mente, o que quiser, mas condeno veemente essa mania atual de fazer com que as pessoas mudem a sua forma de falar.

Ninguém é obrigado a nada. Só existem dois sexos possíveis para os seres. É mesmo as pessoas que nascem com os dois sexos, só nascem com dois! Não há uma terceira via. 

A língua portuguesa é linda. É perfeita. Detalhista, rica. Não tem porque aceitar novas terminações ou terminologias. Não sou MIGLE de ninguém. E nem tenho migles. Tenho amigos e amigas. Ou colegas. Não tenho colegues... 

E por mais que achem bacana essa nova moda, que digam ser descolada e moderna, eu prefiro continuar com o que aprendi. E a conjugar verbos, falar dos adjetivos e substantivos do jeito que a língua portuguesa me foi apresentada.

Eu respiro pessoas, essências. não respeito babaquices inventadas. E Espero que me respeitem como eu sou também.