Antes de mais nada, quero deixar claro que NÃO sou a favor do aborto. Sou a favor da interrupção de alguns tipos de gravidez. Principalmente a de crianças e adolescentes vítimas de estupro. Em casos de fetos anencéfalos ou com doenças incapacitantes também.
O tema de hoje vem de carona com o caso da Após da menina de 10 anos de idade que obteve autorização do Estado para interromper a gravidez mais que indesejada. A menina sofria abusos sexuais desde os 6 anos. Ela não contou para ninguém porque o pedófilo era seu próprio tio e ele a ameaçava. Ter o bebê significaria levar uma gestação adiante e correr o risco de morrer no parto. Ter que carregar o filho de um estuprador sem a mínima chance de uma vida digna e de um amor materno legítimo. E pior, ter um filho, sofrer a gestação toda, parir, correr riscos, entregar o bebê para adoção e essa criança ficar no sistema durante uma vida toda... Sabemos que o sistema de adoção no Brasil é falho e é péssimo.
Campo de batalha ideológica, o caso dessa menina que foi negligenciada tanto pela família quanto pelo Estado. Mas quantas outras menininhas como esta passam por essa situação?
Dados compilados pela BBC Brasil, retirados de relatórios do SUS, apontam que ocorrem no Brasil, em média, seis internações diárias por aborto envolvendo meninas de 10 a 14 anos que engravidaram após serem estupradas. Esses casos envolvem procedimentos feitos no hospital e internações após abortos espontâneos ou realizados em casa, por exemplo. Fora os casos que ninguém toma conhecimento...
Se o número parece alto para quem não acompanha o assunto, ele é pequeno perto da quantidade de estupros de crianças e adolescentes que ocorrem no Brasil: a cada hora, quatro meninas de até 13 anos são estupradas no país, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2019.
Na minha opinião, há uma banalização da violência. Os estupros e gravidezes de meninas - e meninos - não pode ser visto como coisa menor. Há que se punir rigorosamente os autores de crimes que farão a vítima, na maior parte das vezes, levar traumas e sequelas pelo resto da vida.
O aborto, nos casos de estupro, ainda mais estupro de crianças, deve ser um tema a ser compreendido pela sociedade como algo aceitável, sim. A escalada da radicalização de ideias "conservadoras" que começou com o atual presidente da república, mostra que as pessoas não são solidárias. São radicais e extremistas em casos em que a vida de uma jovem deveria valer mais que um feto fruto de pedofilia.
As igrejas, católicas, evangélicas etc, têm papel absurdamente preocupante nestes casos. Ela classifica todos os que concordam com a interrupção da gravidez em casos hediondos como a pedofilia, como abortistas e que sofrerão o peso do fogo do inferno.
Está mais que na hora de começarmos a defender as nossas crianças. a colocar o rigor da lei em primeiro lugar. Meninos e meninas não podem seguir sendo abusados. É a sensação de impunidade que faz com que a criminalidade se perpetue.
Não dá para aceitar que somente em 2020, foram ao menos 642 internações. nem que o país continue registrando uma média anual de 26 mil partos de meninas com idades entre 10 a 14 anos. Desde 2008, foram registrados quase 32 mil abortos envolvendo garotas dessa faixa etária.E las não podem ser obrigadas a se tornar mães!!!! Já bastam as infâncias roubadas, elas não precisam ter a vida arruinada.
A PEDOFILIA É CRIME! Ensinemos às crianças que elas devem denunciar qualquer toque e qualquer atitude de pessoas mais velhas.
Assunto muito complexo. No caso da menina acima ela tem todo direito e apoio, pois antes de tudo um parto nesta idade poderia ser fatal. Do outro lado, falando mais genericamente, os casos de gravidez indesejada fruto de estupros, eu entendo valores religiosos, pois partem do princípio que uma vida esta sendo gerada ali e por consequência um novo salvador. Eu, particularmente, tenho opinião sobre isso. Quando risco a mãe, aborta-se. Quando não há risco, segue, mesmo que esse ser seja posto para adoção e que a mãe tenha acompanhamento psicológico, pois ele é a maior vítima nesta história, ele esta sendo condenado a morte sem direito de defesa. E na minha opinião já que um inocente está sendo condenado a morte, o estuprador também tem que pagar com a própria vida.
ResponderExcluirO que falar garota? Fazer discurso sobre punições exemplares? Discurso sobre o desejo sexual levado ao extremo da selvageria? É tudo tão repugnante! Desde "homens" abjetos ao fracasso do Estado na prevenção. O que está contecendo com a humanidade, Taís? Para onde estamos indo?
ResponderExcluirÉ, realmente complexo demais, cada um do seu lado. Mas punições ao estuprador tem que ser prioridade, na mesma proporção atenção à criança. Sou contra Deus aborto mas sei que essa situação é muito delicada nesse caso. Sei o que é ter tios, primos molestadores, sim, eu tive e, graças à Deus estou aqui e não foi nada grave. Que o criminoso seja punido e que essa criança, consiga seguir a vida e quiçá, futuramente, ser uma adulta feliz. Sim, eu creio que isso é possível. Não vou me estender mais, fica aqui o meu lamento e minhas orações por essa menina.❤️
ResponderExcluirÉ, realmente complexo demais, cada um do seu lado. Mas punições ao estuprador tem que ser prioridade, na mesma proporção atenção à criança. Sou contra Deus aborto mas sei que essa situação é muito delicada nesse caso. Sei o que é ter tios, primos molestadores, sim, eu tive e, graças à Deus estou aqui e não foi nada grave. Que o criminoso seja punido e que essa criança, consiga seguir a vida e quiçá, futuramente, ser uma adulta feliz. Sim, eu creio que isso é possível. Não vou me estender mais, fica aqui o meu lamento e minhas orações por essa menina.❤️
ResponderExcluirFiquei extremamente chocado com essa história. Sou pai de menina e até chorei de ódio ao ler que o fdp mandou fazer DNA em outro tio e no avô, pois eles tbm abusavam da coitada da criança.
ResponderExcluirSeu texto é perfeito.