Uma das coisas que me fez parar e começar a procurar soluções em vez de ficar inerte é essa pandemia. Não tem como não afetar as pessoas, me afetou de várias formas e assim como pedi ajuda, eu também devo, pelo menos, acender uma luz para que se vê nas trevas.
Poderia falar sobre exoterismo, espiritualidade (sou espírita) ou de emoções, mas vou falar de uma coisa que me surgiu ouvindo relatos de outras pessoas.
Algumas semanas atrás veio uma médica no nosso escritório e nos contou dois casos que me deixaram impressionados. Ela relatara que dois empresários da serra gaúcha tinham tentado o suicídio um deles teve sucesso o outro veio parar na uti do hospital onde essa médica atende. Ela nos contou que a razão deles terem tentado foi a pandemia, fechamento dos negócios e consequentemente contas a pagar. Fiquei escutando e procurando ver o que poderia ter sido feito para mudar essa situação. Como sou contador (além da minha licenciatura em história) fui procurar alguma coisa que pudesse ter sido feita para se ter uma saída. Logo vi que a solução estava bem na minha cara, pois além de algumas empresas que cuido, também cuido institutos e cooperativas. E justamente nas cooperativas eu vi a saída que poderia ter sido tomada para salvar os negócios e não chegar a uma ação extrema. Fiquei pensando se por acaso esses empresários não viram essa possibilidade ou não conheciam ou ainda não foram bem orientados. Fui me informar se juridicamente teria algum empecilho em transformar um passivo trabalhista em quotas dos novos associados, e até pelo que me informei não a nada que impeça.
Pois bem, poderia ter ali surgido duas novas cooperativas, com todos os envolvidos como associados e não como empregados, uma união de todos para um bem comum. Claro que esses empresários talvez perdessem parte do patrimônio, mas ainda sim teriam fôlego e uma esperança de novos negócios. Vi nesse tipo de negócio uma saída para crise, pois pode-se fazer cooperativa de qualquer coisa. Além disso, particularmente vejo nesse tipo de sociedade uma forma mais justa de relação de trabalho. Todos são associados, contribuem com quotas-partes e ao final do ano as sobras são repartidas aos seus associados. Todos trabalhando para um bem comum, todos se sentindo donos de seus negócios e todos usufruindo dele.
Acredito que em um futuro próximo as cooperativas serão a melhor forma de trabalho. Sendo elas pequenas ou grandes.
Por fim, nem quero pensar e muito menos julgar aqueles dois empresários, não sei o que se passou na cabeça deles. Só espero que suas atitudes tenham sido tomadas mais pelo desespero e por não ter uma esperança do que não dividir seu negócio com outrem.
Bom semana a todos
Estamos numa situação complicada e muitas vezes, como vc disse, a resposta está à nossa frente e não vemos. Que enxerguemos a verdade bem à frente e que nossas atitudes não nós destruam, mas nos liberte. Boa semana, querido!
ResponderExcluirObrigado.
Excluir