vermífugo em um país que dorme


Por causa dessa pandemia, estamos vivendo momentos tensos há quase um ano. As pessoas que deveriam informar a população mais desinformam, mais atrapalham do que ajudam.

As autoridades políticas, judiciais e técnicas entram em contradição sobre esse monstro de quinze cabeças chamado Coronavirus. O "presidente" da república, que mais parece um analfabeto funcional, encabeça as mentiras e desinformações. É triste ver que alguém com tamanha visibilidade e poder seja tão tosco e egoísta. A questão da vacina está aí para nos mostrar que a família Bolsonaro pensa mais em armas de fogo e em acobertar crimes do clã do que em vacinar a população, para que as pessoas vivam em paz e possam trabalhar.

Jair Bolsonaro manda o povo não ficar em casa. "Tem que trabalhar", diz ele. Mas como, se ele não dá condições para que saiamos de casa para produzir? Os desavisados e os irresponsáveis estão nas ruas, fazem festa e se aglomeram. Mas a segunda onda de contaminação chegou, e os profissionais da saúde estão apavorados. Novas variações do vírus, hospitais sem leitos disponíveis, testes em números insuficientes e resultados que demoram mais de dez dias para serem liberados compõem o cenário de filme de terror que estamos vivendo.

A desinformação tem fonte. E o número de analfabetos reais e funcionais ajuda a disseminar o caos. Em pleno 2021, o Brasil tem mais de 11 milhões de analfabetos... Ou seja, 11 milhões de pessoas acima de 15 anos que não são capazes de ler ou escrever. 

Um verdadeiro absurdo!

Em contrapartida, o Brasil é um dos países que melhor paga seus servidores públicos. Super salários para o judiciário, para diretores e presidentes de estatais e gordos salários em todas as esferas. Se o dinheiro escorre por este gargalo, falta verba para áreas vitais como a saúde e a educação. Isso sem contar com os bilhões de reais gastos com organismos internacionais como OPAS/OMS, Unicef, etc. São bilhões de reais enviados para programas que se mostram ineficientes ou obsoletos, mas que continuam existindo. 

Professores da rede pública são obrigados a trabalhar em escolas feias, sujas e sucateadas por salários miseráveis. Policiais e Bombeiros militares, da maior parte do país, ganham salários que mal pagam as suas fardas. Mas vejam a mordomia que o presidente da república, os parlamentares e os ministros e juízes (desembargadores, promotores, etc.) desfrutam.

Nossos cientistas são obrigados a trabalhar em más condições, sem verba e sem material em detrimento dos jantares regados a vinho e lagosta do STF.

O Brasil está todo errado. A começar pela forma como elegemos os seus representantes. Aquele que fala mais alto e tem o melhor discurso de ódio leva a cadeira de presidente. Vejam como Jair Bolsonaro foi eleito: seus gritos e xingamentos levaram brasileiros cansados de roubalheira e corrupção a acreditar que ele não fazia parte da corja da velha política. 

Mas faz. 

Se sustentou por quase três décadas dentro da Câmara dos Deputados. É corrompido pela velha política, sim. Fez parte dos conchavos e votações escusas. Só não era do PT. não foi pego com a mão no dinheiro da Petrobras. Mas tá chamando o Brasil de covarde e país de maricas. Literalmente caga e anda para o povo. Só se importa com os seus filhos: com o lobby de arma do Eduardo, a rachadinha do Flávio e o gabinete do ódio do Carlos. Todos mamam o dinheiro do brasileiro. Ninguém trabalha em empresa privada. Todos se aposentarão com altos salários e ótimos planos de saúde. E participam de um monte de conchavo para beneficiar os amigos.

Esse presidente que defende cloroquina e vermífugo para a cura da Covid-19, cuja própria equipe de saúde descartou sua eficiência no tratamento, deveria tomar um vermífugo para matar o verme da ganância e da ignorância.

Seria interessante que os governantes parassem de viajar e aglomerar, passassem a trabalhar para conter a pandemia, imunizar o povo e retrair a inflação e o desemprego. 

Um país lindo e rico como o Brasil deveria estar unido para acabar com o vírus da corrupção, da mordomia e da má política. Estamos cansados, mas estamos dormindo um sono profundo. 

Estamos acomodados esperando auxílios emergenciais e bolsas-família, enquanto os políticos e os magistrados transformam o país em algo muito mais difícil de ser consertado.

Taís Morais

Comentários

  1. EU, sinceramente, gostaria do impechment do Bozo. Acalma a turma. Só não vai acabar as mordomias e os conchavos do congresso e do STF.

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  2. Seu texto me é um soco(elogio diferente). De fato, votei quase que pelo tal grito, mencionado. Boa !
    Vou prestar mais atenção.

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  3. Excelente ! O Bolsonaro, assim como o Trump , é apenas um reflexo da insatisfação e intransigência de parte de nossa sociedade, e como tal um retrato do nosso país, uma reação radical ao governo anterior e sem duvida um grande aprendizado para todos nós ...

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